Adiamento de leilão da Copel não afeta dólar
O dólar comercial está recuando nesta manhã, apesar de o mercado esperar uma alta -em razão do adiamento do leilão da Copel (Companhia Paranaense de Energia) para novembro e das preocupações com a situação na Argentina.
A moeda norte-americana era negociada, às 12h, com baixa de 0,36%, a R$ 2,712 na venda e R$ 2,710 na compra, após atingir a máxima de R$ 2,720 (alta de 0,25%), no início dos negócios.
Segundo analistas, o adiamento do leilão da Copel é melhor do que o cancelamento. Com a fixação de uma nova data para a venda, que deve ocorrer no próximo dia 12, o mercado avalia que os grupos terão mais tempo para se prepararem para o leilão. A venda da companhia gera expectativa de entrada de dólares no país.
Mas um dos principais fatores que colabora com a queda da moeda nesta manhã, segundo operadores, é o acirramento da disputa entre os investidores para influenciar o fechamento do Ptax (preço médio do dólar medido pelo BC diariamente).
Como hoje é o último dia de outubro, a Ptax do dia será usada como referência para a liquidação dos contratos de dólar negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Por isso, geralmente ocorre a intensificação da queda-de-braço entre “comprados” -que ganham com a valorização- e “vendidos” -que são beneficiados com a queda no valor da moeda norte-americana.
Além disso, a captação de US$ 220 milhões da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) em commercial paper nos EUA, anunciada ontem, e a perspectiva do pré-pagamento dos débitos que o governo polonês tem com o Brasil, as chamadas “polonetas”, também refletem positivamente nas negociações, avaliam analistas. De acordo com o Banco Central, o acordo com a Polônia totaliza US$ 2,457 bilhões.