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A paixão de Israel

Guarulhos, 09 de março de 2009

Desde antes da guerra entre israelenses e palestinos, Israel já era nação em guerra com mortos e feridos baixados frequentemente. Era diária a notícia de baixas em número elevado, entre mortos e feridos, a tal ponto que não nos informavam muito a respeito da queda de jovens civis e militares.

A situação atual não é, portanto, novidade para nós, somente a preocupação para com as forças civis, que vão reduzindo a capacidade de defesa de Israel. É natural que a comunidade israelense se preocupe muito por sua sobrevivência e a defenda com todos os elementos mobilizados para tal fim.

Não sabemos, no Brasil, exatamente, qual a situação bélica de Israel, pois faltam elementos para avaliarmos o peso de sua organização militar nos campos de batalha. Sabemos, apenas, que é robusta e ofensiva, não obstante a quebra de unidade nas suas fileiras em Gaza. Enfim, em guerra tudo é possível, notícias falsas e notícias autênticas.

Sabemos que as batalhas de Israel são tremendas, não se pode dizer qual é o lado vencedor e os vencidos. Dotados de bons guerreiros e de uma população preparada para a guerra, Israel enfrenta situação com desasobro e convicção na vitória.

Não se pode dizer que em Israel haja nas frentes de batalhas lugares frios, isto é, não ocupados por operações de guerra. Toda a nação está mobilizada para enfrentar situação belicosa e está capacitada para enfrentar situação de guerra total, no melhor estilo iniciado na Segunda Grande Guerra Mundial. Essa é uma guerra que mobiliza todas as forças vivas de uma nação, civis e militares, pondo à disposição do Estado Maior belicoso as forças gerais da nação, naturalmente desprovida de intensa preparação para as batalhas em campo.

Com os armamentos atuais, fica difícil definir o que é campo de batalha e o que não é. Nós já podemos envolver Israel num campo de batalha onde eles estão atentos, dispostos na luta defensiva na antiga Terra dos Milagres.

Observamos que há quedas nas forças de Israel, mas ao mesmo tempo suas tropas sabem defender-se e se defendem valentemente, mantendo alto o espírito da população civil.

Enfim, a situação de Israel é calamitosa para os estrategas belicosos, que não podem se deixar vencer por combates estratégicos dignos de louvor.

João Scantimburgo é membro da Acadêmia Brasileira de Letras