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Organizações internacionais de saúde visitam projetos na cidade

Guarulhos, 17 de fevereiro de 2009

Na segunda-feira, 16,  representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS),  da Organização Pan-Americana de Saúde/Brasil (OPAS) e membros do Ministério da Saúde, acompanhados pelo vice-prefeito e secretário municipal de saúde, Carlos Derman, visitaram o Distrito de Saúde Lavras, onde, desde meados de 2008, estão sendo desenvolvidos dois projetos internacionais de cooperação técnica: Saúde Urbana (Urban Heart) e Rostos, Vozes e Lugares (Faces, VoicesPlaces). As iniciativas visam criar ferramentas para detectar fatores intraurbanos que interferem na desigualdade da qualidade da saúde das comunidades e buscar, junto com a população, estratégias para combatê-los.

Em Guarulhos, os programas estão sendo implantados em três distritos de saúde: Cabuçu, Lavras e Vila Galvão. Nessas regiões, a Secretaria de Saúde estabeleceu um diagnóstico técnico e realizou oficinas participativas. As comunidades já analisaram problemas apontados pelos técnicos e detectaram outros e, em março, participam de nova oficina para propor estratégias de enfrentamento dos problemas levantados.

Para o representante da OMS-Centro Colaborador de Kobe/Japão, Amit Prasad, Guarulhos lidera na implantação do projeto Saúde Urbana. “É impressionante ver a comunidade que visitamos envolvida no desafio de promover a saúde. O ator peça-chave nesse processo é o governo municipal que está dando um grande exemplo ao mundo, liderando a implantação do projeto.”

A comitiva foi recebida pelo prefeito Sebastião Almeida, que ressaltou o compromisso na continuidade dos projetos. “Temos intenção não só de continuar mas também de aprimorar essas ações. Os desafios da Saúde são grandes e devem ser tratados em interface com outras áreas como o Meio Ambiente, Educação, entre outras. O ar que respiramos, o ambiente em que vivemos, a alimentação e uma infinidade de outros fatores contribuem para nosso bem-estar ou para que adoeçamos,” explicou.

O representante da Opas, Gustavo Bergonzolli, destacou que a entidade está aberta para os projetos sociais intersetoriais que o município venha a desenvolver para melhorar a qualidade de vida da população. Já o secretário de Saúde lembrou da importância da política de gestão participativa e de ações integradas entre os diversos setores da Prefeitura. “A comunidade está discutindo os elementos condicionantes da saúde e temos de potencializar as ações envolvendo também outras secretarias. O município é um todo e a Secretaria de Saúde apenas um dos pilares”, afirmou.

A delegação contou ainda com as presenças de representantes do Ministério da Saúde: Adriana Miranda de Castro, da Coordenadoria Geral de Doenças e Agravos Transmissíveis, e de Rogério Frenner, assessor técnico da Coordenadoria Geral de Vigilância Ambiental.
 
Projetos – O projeto Saúde Urbana, desenvolvido pela Prefeitura em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), tem por objetivo testar uma nova ferramenta de avaliação da equidade de saúde urbana, ou seja, pretende detectar e definir os fatores que contribuem para as desigualdades na qualidade de vida das comunidades. A partir daí, a intenção é buscar estratégias e intervenções intersetoriais a serem desenvolvidas para combater as condições de desigualdade intraurbanas e obter a melhoria da saúde e da condição social das pessoas.

Além de Guarulhos, a iniciativa da OMS está sendo aplicada em cinco cidades, uma em cada continente: Livingstone (África), Teerã (Oriente Médio), Bangalore (Índia) e Paranhaque (Filipinas).

Já o projeto Rostos, Vozes e Lugares (RVL), coordenado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e que está sendo implantado na cidade, busca identificar as diferenças dentro do município a partir dos determinantes sociais (fatores ambientais, sociais, culturais, econômicos, entre outros) que interferem nas condições de saúde, identificando os problemas locais e criando alternativas participativas para a solução.