Notícias

Venezuela, Equador e Colômbia entram no bloco

Guarulhos, 16 de dezembro de 2004

A partir desta quinta-feira (15), Venezuela, Equador e Colômbia são novos membros associados do Mercosul. Os ministros de Relações Exteriores dos países que integram o bloco econômico aprovaram, em Belo Horizonte (MG), a adesão dos três países que, ao lado do Chile, Bolívia e Peru, se tornarão associados do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Os únicos países da América do Sul que não se associaram formalmente ao Mercosul são Suriname e Guiana, por não possuírem tratados de livre comércio para a região.

Segundo o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o interesse econômico sobre o Mercosul é crescente e se comprova com o aumento do volume de recursos que transitaram no bloco em 2004. “O comércio com a América do Sul em termos absolutos cresceu mais do que com a União Européia. Isso demonstra a vitalidade dessa região. Trata-se de comércio em que 91% das exportações de produtos brasileiros são manufaturados”, ressaltou Amorim.

Os ministros dos países do Mercosul também decidiram que o Brasil, que exerce a presidência pro-tempore do bloco até sexta-feira, 16, e o Paraguai, que receberá o comando nos próximos seis meses, deverão elaborar um plano de ação para o Mercosul a curto prazo. O bloco econômico do Cone Sul aprovou ainda o regulamento para compras governamentais entre os países membros que somente entrará em vigor depois que for ratificado pelos parlamentos do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

“Nas nossas instruções do Mercosul temos que olhar mais além dos instrumentos tradicionais de proteção dos mercados, e buscarmos encontrar fórmulas que ajudem o desenvolvimento dos países por meio de instrumentos importantes. Um deles é de compras governamentais”, afirmou Amorim.

O ministro também elogiou a iniciativa de criação de um Fundo de Convergência para o bloco econômico com o objetivo de reduzir as desigualdades econômicas entre os países membros do Cone Sul. Na opinião de Celso Amorim, o mecanismo é “um passo no sentido de fazer que o Mercosul opere como outros sentidos de integração, que reconhece as assimetrias dos estados membros e trata do problema através de fundos compensatórios”.

Gabriela Guerreiro