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Governo do Estado sanciona a Lei das PPP

Guarulhos, 20 de maio de 2004

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou nesta quarta-feira, 19, a Lei que institui o Programa de Parcerias Público-Privadas (PPP), que permitirá a ampliação da infra-estrutura estadual e a prestação de serviços à população.

A previsão é a de que São Paulo possa atrair até R$ 7,5 bilhões de recursos da iniciativa privada para serem investidos em obras e serviços definidos no Plano Plurianual (PPA) 2004-2007. O valor representa um quarto do total previsto no PPA, determinado em R$ 30,1 bilhões.

Para Alckmin, o Estado de São Paulo terá mais facilidade em firmar parcerias, pois goza da confiança do setor privado. Pelo PPP as empresas executam projetos e são ressarcidas pelo Estado em um prazo máximo de 30 anos. “Só há parcerias quando há confiança. E São Paulo tem tradição em respeitar contratos”, disse.

Ele considera que o sucesso das concessões rodoviárias e da distribuição de gás natural no Estado trarão mais tranqüilidade aos empresários. “O modelo de concessão paulista é bem-sucedido. A nova Rodovia dos Imigrantes foi implantada em 32 meses, sem um centavo de dinheiro público. E, no setor de Energia, tínhamos apenas 17 municípios com gás natural e atualmente há mais de 50, com o consumo subindo de 3 milhões de metros cúbicos por dia para 11,5 milhões”, citou.

O PPP paulista é diferente do modelo federal, que ainda não foi aprovado. Em São Paulo foi criada a Companhia Paulista de Parcerias (CPP) para fornecer garantias ao setor privado de que haverá o retorno do capital aplicado. A CPP será independente dos recursos do Tesouro do Estado e terá capacidade operacional mais flexível, pois permite a utilização de instrumentos usuais de garantia, como a emissão de debêntures (títulos de crédito emitidos por sociedade anônima).