Disposição de produtos nas gôndolas ajuda a vender mais
Aquilo que o cliente não vê, não irá comprar. O raciocínio pode ser lógico, mas é a base da organização dos produtos nas prateleiras dos pontos de venda. Existem algumas dicas e regras que o comerciante pode seguir para tirar proveito desta exposição e, com isso, aumentar as vendas.
O ideal é que os produtos estejam dispostos na gôndolas de forma a estimular a venda de outros artigos cujo consumo esteja relacionado como, por exemplo, os matinais (café, cereais, chás, torradas). “Uma disposição bem feita consegue criar necessidades no consumidor e, com isso, vender mais”, diz a consultora de varejo Márcia Oller.
Os produtos que estiverem colocados na altura dos olhos, terão maior visibilidade. O ideal é colocar neste local, os artigos que o comerciante quer incentivar a venda, seja porque têm uma margem de lucro maior, seja porque é um produto novo e ele quer analisar o potencial de venda.
Segundo a arquiteta Raquel Molica, especialista em arquitetura e design para o varejo, a colocação de marcas fortes e já conhecidos dos consumidores no local de destaque nas prateleiras irá ajudar a reconhecer o que está sendo vendido no setor. “Depois de identificar, o comprador pára e vai ver os outros produtos e os preços”, explica Raquel.
Valorizar espaços – Para valorizar o espaço próximo ao chão, devem ser criados novos desenhos de gôndolas cujas prateleiras superiores são menores que as inferiores, o que permite mais visibilidade aos produtos em exposição.
Ofertas – Os artigos em ofertas podem ser colocados nas prateleiras abaixo da altura dos olhos, mas é essencial que estejam bem destacados. “É preciso que os olhos tropecem na identificação da oferta”, recomenda a consultora Márcia. Segundo ela, a comunicação pode e deve ultrapassar o limite das gôndolas. Para Raquel, o comerciante pode colocar os produtos em ofertas em locais de destaque dentro da loja – como nas pontas de gôndolas ou no centro dos corredores -, mas é importante mantê-los também no setor reservado para a categoria, de forma que o consumidor possa comparar seu preço com o das demais marcas.
Outra dica importante é manter as informações com o preço e as características dos produtos próximas a ele. “O consumidor deixa de comprar se não sabe quanto custa ou para o que serve”, diz a consultora. Segundo Raquel Molica, o consumidor busca cada vez mais a informação e faz pesquisa de preço seja para comprar molho de tomate, geladeira ou um carro.
Reposição – O comerciante não deve descuidar também da reposição dos produtos nas prateleiras para evitar os buracos nas gôndolas, da limpeza da loja, da iluminação e orientar os funcionários a manter a organização do espaço. Por exemplo, todos os rótulos dos produtos devem estar virados para a frente. As mercadorias danificadas, como latas muito amassadas e pacotes rasgados, devem ser descartadas. A recomendação dos consultores é que o comerciante observe o comportamento de seu cliente – quais produtos costumam comprar em uma mesma visita, por exemplo – e escute a equipe que está em contato direto com os consumidores.
Sílvia Freire