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Planejamento é saída para empresas

Guarulhos, 03 de setembro de 2002

arteA maioria das empresas brasileiras não se prepara para as novas gerações. O resultado da falta de definição do controle da organização é preocupante, já que de cada 100 empresas familiares, apenas 30% chegam à segunda geração e somente 5% atingem à terceira, afirmou o sócio fundador da Syllas Tozzini.

No Brasil, existem mais de 6 milhões de empresas do País são de familiares ou detém o controle majoritário, segundo dados da Fundação Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do grande índice de empresas que não conseguem se manter no mercado a partir da terceira geração, Tozzini admite que são poucos os empresários brasileiros que se preocupam com o futuro da organização e decidem definir quem irá mandar após a morte do fundador.

Os problemas surgem a partir da geração que tiver maior número de herdeiros. Nos Estados Unidos muitas empresas familiares resolvem o problema de sucessão indo para o mercado de ações.

Sem essa alternativa, a saída para resolver o problema de sucessão da organização é o planejamento patrimonial. Tozzini salienta, no entanto, que o planejamento patrimonial não faz milagres. “Se a empresa não acompanhar as mudanças do mercado, introduzir novas tecnologias, o planejamento não resolve”, argumentou o advogado.

Outra saída é a implantação de um conselho familiar. No Brasil ainda não existe nenhum constituído, mas a prática já é usada nos Estados Unidos desde 1800.

As empresas formadas por sócios enfrentam outros tipos de problemas. Segundo Tozzini, o maior deles é o problema de convivência com os filhos do sócio.