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“Mais uma etapa foi vencida”, afirma o presidente da ACE-Guarulhos

Guarulhos, 18 de abril de 2016

A Câmara dos Deputados aceitou, no domingo, 17/04, a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por crime de responsabilidade. Em seis horas de votação, foram 367 votos pela admissibilidade do impedimento, contra 137. Abstenções e ausências somaram nove votos.

Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos, William Paneque, os deputados deram mais um passo rumo à mudança que o Brasil precisa. “Mais uma etapa foi vencida. A crise moral, ética e política criada por esse governo afetou diretamente a economia. O País está estagnado, com desemprego, inflação e retração do consumo. Espero que o Senado dê continuidade e atenda ao apelo do povo brasileiro”, afirmou.

Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), também considerou positivo o resultado da votação na Câmara. “Estamos confiantes em que, na próxima etapa, seja sacramentado o impeachment. Mas precisamos ter cautela e continuar atentos, acompanhando os acontecimentos”, pondera Burti.

Durante a última semana, a ACE-Guarulhos manteve uma atualização do “placar do impeachment” em seu site. Foi uma forma de mobilizar o associado a acompanhar como estava se comportando os deputados eleitos por ele. A bancada de deputados paulistas – a maior da Câmara, com 70 parlamentares – teve 57 votos pró-impeachment (82%). Os dois deputados federais com domicílio eleitoral em Guarulhos (Jorge Tadeu e Eli Corrêa Filho, ambos do Democratas) votaram pela abertura do impeachment.

Com o resultado, fica a cargo do Senado Federal a definição sobre o afastamento ou não de Dilma Rousseff. Só a partir da instauração do processo pelos senadores é que a presidente pode ser afastada por até 180 dias, enquanto o próprio Senado julga o mérito para analisar se ela deve ser condenada por crime de responsabilidade.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem articulado levar o caso para votação em 11 de maio. Essa é a data com a qual trabalham governistas, mas a oposição quer acelerar a definição. Além da decisão sobre o afastamento, é o Senado que tem a prerrogativa de julgar a presidente.

A decisão da Câmara deve chegar ao Senado nesta segunda-feira, 18, e ser lida por Renan na terça. A partir daí, os senadores têm até 48 horas para formar uma comissão especial que analisará o caso por até dez dias. O grupo deve elaborar parecer com avaliação da situação de Dilma, que será votado na comissão e no plenário da Casa. Nesse momento, o afastamento da presidente pode ser determinado a partir da aprovação por maioria simples dos 81 senadores. Hoje, o “placar do impeachment” contabiliza 45 senadores pró-impeachment e 25 contrários.