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É a quinta vez que as bruxas assombram a economia no Brasil

Guarulhos, 11 de janeiro de 2016

O momento sombrio pelo qual atravessa a economia brasileira tem apenas quatro precedentes nos últimos 86 anos. É inevitável que 2016 apresente um desempenho tão pífio quanto no ano passado, conforme as previsões do boletim Focus, elaborado pelo Banco Central. A previsão de queda está se acentuando. Era de 2,81 no final de dezembro, passou para 2,95 no último dia 5 e, nesta semana, desceu mais um pouco e chegou a 2,95%.

Já que em 2015 o país também enfrentou queda do PIB (Produto Interno Bruto) estimada em 3,71%, os dois anos seguidos de encolhimento da produção é algo que aconteceu apenas quatro vezes desde a Proclamação da República, em 1889.

A primeira recessão aguda castigou a economia brasileira em 1930 e 1931. O PIB emagreceu 2,2% no primeiro ano, e 3,3% no segundo. Foram basicamente os efeitos da depressão americana no mercado mundial do café.

O Estado estava presente em 1940, quando o PIB caiu 1% e 2,7% em 1942. O que basicamente ocorreu foi uma desorganização do comércio internacional, provocada pela Segunda Guerra.

Também foi uma crise cambial que levou o PIB brasileiro a cair 4,25% em 1981 e 2,93% em 1983. O contexto internacional era outro. As balanças comerciais e de pagamentos sofriam os efeitos de dois choques traumáticos nos preços do petróleo.

A quarta crise de crescimento, e a última antes da atual, teve como pivô, em 1990, o início do governo de Fernando Collor de Mello (queda do PIB em 4,35%) e o ensandecido plano de combate à inflação que congelou parte da base monetária e paralisou o mercado de maneira traumática. O IGP de 1989 caiu de 1700% para 458% em 1990, e depois voltou a progredir em percentagens superiores.