Os vereadores aprovaram o requerimento do líder da Oposição, Geraldo Celestino (PSDB), solicitando o adiamento. “Teremos mais tempo para analisar as emendas. Se ficássemos aqui para discutir tudo, sairíamos só 1h da manhã”, declarou Celestino.
Ontem foram aprovados 14 projetos na sessão ordinária e dois em extraordinária. O regimento começaria a ser discutido por volta das 18h30. O líder do Governo, Zé Luiz (PT), pediu para que cada emenda fosse discutida separadamente. O presidente da Casa de Leis, Alan Neto, decidiu que o projeto será pautado em sessões extraordinárias, quantas forem necessárias, no dia 22.
Apesar do elevado número de emendas, o principal debate fica por conta da mudança de horário. A alteração trará um ônus de cerca de R$ 600 mil por ano ao Legislativo com horas extras e adicional noturno dos funcionários, sem contar gastos com água, luz e dobra de segurança. A alteração também beneficiará os interesses particulares dos vereadores e prejudicará a cobertura da imprensa.
Para aprovar a emenda são necessários 18 votos. Helena Sena disse que tem votos suficientes para aprovar a mudança. “Temos 22 a favor. O adiamento da votação é boa para que as bancadas fechem suas posições.” Celestino acredita que há excesso de confiança por parte de quem quer a alteração. “A Câmara está dividida e ninguém tem 18 votos.” Já para Zé Luiz não há como garantir a rejeição da emenda. “Pode ser que passe a mudança. Tem vereadores que dizem sim para os dois lados.”
Alan Neto afirmou que a mudança de horário não será aprovada. Ele fez um levantamento que mostra que somente 17 parlamentares querem a alteração. “Na próxima semana eles perderão o voto do José Carlos Maruoka (PRP), já que a Otávia Tenório (PRP) voltará da licença.”
Manobra – Ele disse ainda que pode se utilizar de uma manobra regimental para garantir que a emenda não consiga votos suficientes. “Se precisar eu posso deixar a presidência dos trabalhos para o Paulo Sérgio (PV) e com isso eles perdem mais um voto.”
Além da mudança de horário, outros itens prometem trazer debates na tribuna na próxima semana. “Tem algumas alterações que serão boas, como a criação do Colégio de Líderes para aprovar projetos que sejam consenso, normatização de como funcionar uma audiência pública, permitir que um projeto seja analisado por mais de quatro comissões e que as indicações ao Executivo sejam discutidas em plenário. Mas temos muitas emendas e todas devem ser analisadas com calma”, avalia Zé Luiz.
