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Varejo pode ter inflação de 2 dígitos no ano

Guarulhos, 19 de agosto de 2002

Os economistas da Federação do Comércio do Estado de São Paulo Fecomercio-SP) acreditam que a inflação bi setor varejista pode atingir dois dígitos neste ano.

De acordo com o Índice de Preços no Varejo, pesquisado semanalmente pela entidade na região metropolitana da capital, a taxa acumulada nos primeiros sete meses deste ano é de 5,36%. Nos últimos doze meses, a alta é de 8,7%. No primeiro semestre, quando os efeitos da crise cambial ainda não se refletiam nos preços, a elevação mensal média foi de 0,75%. Se esta média atingir 0,87% nos meses que faltam, estará configurado um crescimento dos preços no varejo igual ou superior a 10% em 2002.

O IPV do mês de julho mostra que os preços dos bens não duráveis são os responsáveis pela alta do índice geral do comércio. Os demais grupos, como bens duráveis, material de construção e comércio automotivo estão com preços comprimidos, sem possibilidade de recuperação, na análise da Fecomercio-SP. O grupo de bens semiduráveis ainda apresenta resultados positivos, mas com tendência de queda.

Os alimentos, o segmento com maior peso na média geral, tiveram elevação de 2,74% em julho. Os produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica subiram 2,43% e 1,50%, respectivamente. Entre os não duráveis, apenas os produtos farmacêuticos ainda têm taxa negativa (de -2,92%), mas os economistas afirmam que já na semana que vem esse quadro deve se inverter, com os efeitos da crise cambial chegando ao segmento e provocando a elevação dos preços.