SÃO PAULO – O varejo on-line no Brasil cresceu 31,73% no primeiro trimestre de 2005, em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo a cifra de R$ 1,895 bilhão em negociações.
Divulgada na quinta-feira (12/05), a informação faz parte do VOL (Varejo On-line), índice que leva em conta os setores de automóveis, turismo e bens de consumo. Os responsáveis pela pesquisa são a Câmara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico) e a E-Consulting Corp.
De acordo com o relatório, caso a evolução do comércio eletrônico ao longo de 2005 siga as tendências sazonais observadas em anos anteriores, as receitas do setor devem crescer 28,9% diante do valor de 2004, chegando a R$ 9,8 bilhões.
Bens de consumo têm melhor resultado
Entre os segmentos observados pelo estudo, os bens de consumo registraram a maior expansão de vendas no primeiro trimestre do ano, com alta de 49,17% em comparação com 2004, o que lhe rendeu um faturamento de R$ 568 milhões e participação de 30,03% do total do varejo on-line.
Outros 16,18% do mercado pesquisado dizem respeito ao setor de turismo, cujas vendas on-line atingiram R$ 306,50 milhões entre janeiro e março de 2005, após crescerem 43,76% diante do resultado do ano passado. Segundo os realizadores do estudo, as evoluções conquistadas por este segmento e pelos bens de consumo decorrem de promoções e diferenciais de relacionamento com o cliente, como rapidez nas transações e oferta de serviços agregados.
Embora a categoria automotiva tenha apresentado a alta menos consistente do trimestre, de apenas 2,25%, o setor continua responsável por 53,79% do VOL, com R$ 1.019,68 bilhão negociado no período.
Internet ajuda nas compras
Além da expansão do comércio on-line, a pesquisa revela também que a internet se torna cada vez mais um veículo de pesquisa e influência na hora de decisão sobre uma compra, mesmo que o negócio seja fechado em lojas tradicionais. Ou seja: as práticas comparações de preços feitas pela rede, assim como o contato virtual com uma infinidade de produtos, estão ajudando e estimulando os consumidores em suas compras.
Segundo estimativas dos organizadores do estudo, a internet gera nove vendas tradicionais para cada comercialização concretizada pela rede, o que representa R$ 17,055 bilhões de receitas comerciais auferidas somente no primeiro trimestre deste ano.
Eduardo Barros