Apesar do maior comprometimento da renda familiar, sobretudo em razão do peso do crédito imobiliário, as perspectivas de consumo no varejo continuam favoráveis. A avaliação foi feita por Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), durante a reunião do Conselho Consultivo do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).
Com base nos resultados do Índice Nacional de Confiança (INC) de julho elaborado IEGV, Solimeo falou de um cenário econômico promissor para o comércio até o final do ano. O controle da inflação e da inadimplência e a queda do desemprego são os fatores responsáveis pelas boas perspectivas. Em contrapartida, o diretor observou que a maior dívida do consumidor é formada pelo crédito imobiliário.
“Considerando os dados, percebemos que esse crédito passou da margem de 29% em janeiro de 2008 para 36% em maio deste ano, e agora já atinge o montante de 43% da renda”, disse. Mas os reajustes salariais devem aumentar o consumo. “Sabemos que o bolso é um só, mas ainda sobra uma média de 17% da renda para as compras no varejo.”