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Varejo de flores movimenta R$ 1,1 bi por ano no Brasil

O comércio de flores está em plena ascensão no País. A procura do consumidor por espécies variadas, além das imbatíveis rosas, diversificou a oferta de itens e ampliou o faturamento das 11 mil lojas existente no País.

O varejo, que em 2001 faturou R$ 1,1 bilhão, este ano deverá crescer 36%, encerrando o exercício com um faturamento na faixa de R$ 1,5 bilhão, prevê o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor).

Esse desempenho, afirmam analistas do setor, seria resultado do aumento dos pontos-de-venda, como redes de supermercados, do investimento em tecnologia, mas principalmente da criatividade do varejo.

“Os consumidores estão mais exigentes e querendo novidades, como rosas de cores diferentes, obtidas por meio de novas técnicas de produção”, diz Flávio Godas, economista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), um dos maiores entrepostos de flores no País.

“Crescemos 20% ao ano. Isso tem sido possível porque estamos nos modernizando, vendendo flores importadas e cestas de café da manhã”, explica Marlene Rabal, proprietária da Flores Dora, floricultura do Largo do Arouche, no centro de São Paulo, um dos mais tradicionais comércios de flores da cidade. Segundo Marlene, a Flores Dora foi a primeira do ramo na região, que hoje conta com seis boxes de quatro proprietários.

Mas não é só a oferta de produtos e de serviços que está maior. O número de lojas também. “Há dez anos, existiam apenas 6 mil lojas no País”, afirma o consultor especializado no varejo de flores, Augusto Aki. “Este crescimento ocorreu pelo fato de floricultura ser um negócio que requer baixo investimento – cerca de R$ 10 mil – e a grande variedade de flores existente hoje animou os empresários”, diz.

A grande concentração dos negócios está no Estado de São Paulo, que responde por 40% do volume de vendas e 70% da produção. São 2.314 pontos de venda, dos quais 1.104 na Grande São Paulo e 1.210 encontram no interior, informa o Sindicato do Comércio Varejista de Flores do Estado de São Paulo.

“No estado, o número de lojas cresceu 50%, nos últimos dez anos”, declara o presidente da entidade, Edson Alexandre. Os três maiores centros de comercialização atacadista de flores e plantas no País estão no estado. Além do Ceagesp, há as Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa Campinas) e o Veiling-Holambra, na cidade de Holambra.

O Ceasa de Campinas é um exemplo de como esse mercado está crescendo. Inaugurado em 1995 em uma área de 18 mil metros quadrados e 384 boxes, hoje conta com 29 mil metros quadrados e 504 boxes onde são comercializados crisântemos, ?gipsofilas?, violetas, rosas, plantas ormanentais e acessórios de jardinagem.

De acordo com o diretor Wilson Santarosa, no ano passado o Ceasa movimentou R$ 69,2 milhões e comercializou 53 mil toneladas de flores e plantas verdes, ante os R$ 58 milhões e 48,2 mil toneladas do exercício anterior. “Passam por este mercado, cerca de 20 mil pessoas de 500 cidades do País por mês que consomem 5 mil toneladas de produtos, gerando um movimento de R$ 6 milhões”, afirma.

Outro centro de negócios importante, o Ceagesp, registra um crescimento de 20% ao ano. O economista Flávio Godas, afirma que, no ano passado, o volume de flores, mudas, folhagens foi de 104 mil toneladas, ante os 100 mil registrados em 2000. “Isso garante um movimento mensal de R$ 6,5 milhões”, declara ele.

Já a Amorim Flores, há 30 anos na rua Dr. Arnaldo, outro conhecido ponto de venda em São Paulo, aposta no Dia dos Namorados, quando fará promoções com descontos de até 40%.

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