Usuário de celular terá de digitar código de operadora
Os usuários das operadoras de celular que migraram para o SMP (Vivo, ATL, entre outras) poderão escolher a prestadora de serviços de longa distância a partir de 1º de junho, mesmo com a possibilidade de dupla convivência de sistemas aprovada pela Anatel.
A garantia é do superintendente da agência, Jarbas Valente, que articula com as empresas as formas de migração para a nova metodologia para completar as chamadas de longa distância pelo celular.
Ele afirmou que o período de dupla convivência entre os sistemas atual (em que a operadora escolhe a operadora de DDD e DDI) e que o cliente escolhe a empresa de longa distância não significará ônus para o usuário. Esse período de convivência irá durar quatro meses a partir de junho.
Segundo o superintendente, para todas as operadoras do SMP, o usuário poderá escolher a prestadora de longa distância, mas caso não seja possível tecnicamente completar a chamada por uma empresa, a ligação será feita utilizando outra operadora. Mas a diferença entre o valor cobrado pela empresa escolhida pelo usuário e a outra que viabilizou a ligação será um encargo para a empresa do SMP.
A Anatel coordena três grupos de trabalho para permitir a migração sem panes. Um dos grupos é técnico, e avalia problemas como a interconexão das redes; outro discute questões comerciais e operacionais para permitir por exemplo o co-faturamento, e um terceiro para tratar da divulgação do novo sistema de discagem.
A regra vai valer para cerca de 35 milhões de usuários da telefonia móvel, ficando de fora os clientes da Telemig Celular, da Teleamazon e da BCP, empresas que ainda não migraram para o SMP.
A pré-seleção de operadora de longa distância pelas empresas do SMP, como ocorre hoje nos celulares, está praticamente descartada pela Anatel. Com a possibilidade de escolha da operadora de longa distância pelo usuário, a Anatel espera conseguir estimular a competição entre as empresas.
Patrícia Zimmermann
