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USP debate criação de pólo em Guarulhos

Na última sexta-feira, 25, representantes de diversos setores produtivos de Guarulhos se reuniram em um seminário na Universidade de São Paulo (USP) para discutir a criação de um pólo de inovação tecnológica.

Projeto divulgado com exclusividade pelo Guarulhos Hoje em março e que pretende analisar a vocação da cidade para implantar um ambiente de inovação em um setor que possa proporcionar um grande desenvolvimento local, sendo que o logístico é a maior possibilidade até o momento.

As palestras tiveram o objetivo de mostrar aos presentes em que pé está o projeto, além de apresentar um panorama de outros pólos de inovação tecnológica do Brasil e do Exterior. Esses locais, inclusive, serão visitados pela equipe que inclui a professora Desirée Zouain, do núcleo de Política e Gestão Tecnológica da USP, Wasdat de Oliveira, diretor de Relações Industriais e Comerciais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), e Marcelo Chueiri, coordenador técnico da Agência de Desenvolvimento de Guarulhos (Agende), entre outros.

No início do projeto, a quantidade de instituições que o apoiavam era bem menor do que agora, o que mostra sua importância. Atualmente, boa parte das instituições de ensino superior da cidade estavam presentes, como Unifig – Centro Universitário Metropolitano de São Paulo, Eniac, Torricelli e UNG (Universidade Guarulhos). Segundo Devanildo Damião da Silva, professor da Unifig e um dos coordenadores do projeto, um dos pontos importantes do encontro na USP foi comparar os pólos já implantados com o que está sendo planejado em Guarulhos. “Além disso, pudemos atualizar o projeto e explicá-lo melhor às instituições presentes”, diz Devanildo.

“Achei muito interessante encontrar em uma sala da USP tantas pessoas do meio produtivo de Guarulhos”, afirma o diretor da Faculdade Eniac, Ruy Guérios. Segundo Ruy Guérios, o Eniac foi convidado para trabalhar na segunda fase do projeto, que consiste em realizar viagens para conhecer pólos de inovação tecnológica no exterior, possivelmente França e Itália, entre outras atribuições. “Fomos convidados através de nossa empresa júnior e disponibilizaremos um contingente de alunos, tanto dos cursos técnicos quanto dos superiores, para ajudar no desenvolvimento da pesquisa, o que pode diminuir os custos e acrescentar algo importante em seus currículos. É isso que precisamos para o crescimento da cidade” acredita.

Marcelo Chueiri diz que a prioridade da Agende neste momento é o projeto. Para ele, a presença do aeroporto internacional, responsável por mais de 30% de toda a carga que passa pelo país por via aérea, será fundamental para a criação de um pólo de inovação tecnológica. O problema, segundo o coordenador, é a falta de pesquisas na cidade, o que não acontece em Campinas e São Paulo, por exemplo. Para isso, o Banco de Dados da Agende torna-se, a cada dia, uma das principais fontes de informação da cidade, acessada até mesmo por jornais da capital, como o Valor Econômico.

Segundo Chueiri, é essencial que uma cidade possua uma agência de desenvolvimento para ter um pólo de inovação. Recentemente, representantes de Limeira, no Interior paulista, visitaram a Agende em busca de informações. “Vieram nos procurar e nos convidaram a dar palestras, enquanto que nós colocamos o Banco de Dados à disposição deles”, revela.

Amanhã os pesquisadores irão a Recife para visitar o Porto Digital, um pólo de inovação tecnológica da Capital pernambucana. Nas próximas semanas, irão a Santa Catarina, o que encerrará a primeira fase do projeto. Os resultados serão apresentados à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), entidade que patrocina o projeto, apenas em setembro.

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