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Uma Páscoa recheada nos supermercados

A Páscoa, a ser comemorada no dia 31 de março, é a segunda data mais importante para os supermercados. A projeção da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) é de aumento nominal de 7,1% nas vendas, ante o resultado de 2012. No ano passado, a alta em relação a 2011 foi de 11,1%. 
Segundo o Departamento de Economia e Pesquisa da entidade, uma pesquisa realizada neste mês entre os empreendedores do segmento detectou que 59,7% deles acham que as vendas na data serão maiores que as observadas em 2012 e 5,6% deles esperam um resultado igual. Para o presidente da Abras, Fernando Yamada, o consumidor continua com renda disponível para destinar mais dinheiro à comemoração de datas especiais como esta.
O estudo mostra que entre os itens pesquisados, os que apresentaram mais crescimento foram refrigerantes, peixes, ovos de Páscoa, chocolates, cervejas, azeites e bacalhau (veja quadro abaixo). A exceção foi a colomba pascal, que registrou recuo de 1,9% em seu total solicitado. O economista da Abras, Flávio Tayra, explicou que o produto deixou de ser uma sobremesa tradicional na mesa dos consumidores porque houve um aumento no mix oferecido para a data. “Ainda há um volume grande de panetones no mercado e eles são de composição semelhante à colomba. Assim, outros itens, como os ovos com brindes e brinquedos, substituíram o produto”, disse.
Quando se considera os preços, todos os produtos avaliados registraram aumento ante a Páscoa do ano passado. As cervejas tiveram a maior alta (8%), seguidas de refrigerantes (7,8%), ovos de Páscoa (7,6%), peixes (6,3%), chocolates (5,4%), vinhos nacionais (5%) e colomba pascal (4,3%). No caso dos produtos importados, que têm peso de 2,5% a 3% nas vendas dos supermercados neste período, houve alta de 5,7%, após estabilidade na data no ano passado.
Em janeiro, as vendas nos supermercados registraram ligeira elevação de 1,82% em comparação com igual mês do ano anterior, conforme divulgou a Abras. Entretanto, houve expressivo recuo de 22,08% ante dezembro. Os índices já foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o presidente da Abras, Fernando Yamada, o recuo foi considerado normal no primeiro mês do ano. “O desempenho das vendas em janeiro foi positivo para o setor e reforça nossa estimativa inicial de crescimento em torno de 3,5% em 2013”, afirmou.
O setor está otimista com o aumento do salário mínimo e com as medidas de elevação do número de brasileiros beneficiados pelo programa Bolsa Família. O economista da Abras disse que a verba total destinada ao programa Bolsa Família, que passará de R$ 19 bilhões para R$ 23,2 bilhões, contribuirá para o segmento, pois as famílias atendidas destinam o benefício à aquisição de alimentos.
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