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Sustentabilidade na construção civil é tema de evento no auditório do Paço

Para discutir a gestão de resíduos da construção civil na cidade, a Secretaria de Serviços Públicos realizará um workshop nesta quarta-feira, dia 25, das 8h às 17h, no auditório do Paço Municipal. O evento acontece em parceria com o Núcleo Permanente de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Volumosos (NPG), e a ideia é promover um espaço para que profissionais da Secretaria e do NPG troquem experiências. O público também pode participar do debate que abordará ainda outros assuntos como o tratamento que os resíduos da construção civil (pedra, solo, entulho) recebem na cidade, além da reciclagem destes materiais, com exemplos de iniciativas tomadas pelo poder público e empresas privadas.

Areia reutilizada – Um dos projetos que, apesar de não ser apresentado no workshop, está relacionado ao tema da sustentabilidade na construção civil, é o que propõe a reutilização de argila armazenada e extraída das três mineradoras de areia presentes na cidade, localizadas na região de Bonsucesso e Lavras. A proposta é reaproveitar o material na construção de peças de cerâmica vermelha e branca, como tijolos e louças sanitárias. Com isso, o custo do produto final poderia ser reduzido em até 50%.

“A argila é lavada para obter a areia, ou seja, é um resíduo do processo de extração da areia. Este resíduo poderia ser usado para fabricação de tijolos, que seriam vendidos tanto para depósitos de materiais de construção, como para o governo, para poupar recursos na construção de casas populares”, explica o autor do estudo e doutor em engenharia de minas pela Universidade de São Paulo, Edílson Pissato.

Atualmente, o projeto está em processo de licenciamento junto à Prefeitura e à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). De acordo com Pissato, já foram feitos testes em laboratórios do Senai que confirmam que o material é resistente e, portanto, próprio para uso. “Espero que as empresas de mineração se interessem pela ideia, pois seria possível dar um destino ecologicamente correto para a argila já acumulada e também para a que é extraída atualmente”, ressalta.

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