Supermercados: vendas em setembro surpreendem
O setor de supermercados fechou o mês de agosto com crescimento em valores reais, ou seja, deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA/IBGE), de 1,57% em relação a julho deste ano
Em relação ao mesmo mês do ano passado o aumento foi de 6,4%. No acumulado deste ano, até agosto, o crescimento foi de 6,6%. Já em valores nominais, a alta foi de 2,05% em relação a julho e de 10,85%, se comparado a agosto de 2006. A expectativa para setembro, segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, é de que a alta se mantenha.
“É difícil fazer uma perspectiva. Mas o índice deve ser o mesmo ou até maior, uma vez que setembro terá cinco finais de semana, dias em que as vendas são maiores nos supermercados”, disse Sussumu.
De acordo com levantamento da Abras, os produtos alimentícios foram o principal fator do crescimento do índice, registrando alta de 1,39%, responsável por 62% da elevação total. Entre os alimentos, o tomate foi o que apresentou a maior elevação (27,73%), seguido do leite em pó integral (17,61%) e do queijo prato (6,68%). Os maiores aumentos do leite em pó foram registrados na região Norte (24,48%) e em Maceió (17,80%). Já o queijo prato, em Fortaleza (29,21%), Maceió (19,83%) e Brasília (14,23%). O leite longa vida ainda mantém alta (5,23%), porém menor do que os 14,52% de julho.
Entre os itens que registraram maior queda estão a cebola (-19,05%), biscoito maizena (-4,57%) e farinha de mandioca (-3,33%). A cesta básica também apresentou alta em agosto, pelo terceiro mês consecutivo, com índice de 2,64% frente ao IPCA de 0,47%. Em julho, seu valor de compra era de R$ 215,43, passando para R$ 221,12 em agosto, influenciado pela região Nordeste (3,57% de alta).
Para Sussumu, o aumento da renda e do consumo das famílias puxou a alta das vendas. “Se continuarmos nesse mesmo ritmo, vamos atingir os um crescimento em torno de 6,5% nas vendas de 2007, o que significa uma boa recuperação depois dos números desanimadores de 2006”, disse.