Os supermercados brasileiros esperam recuperar, no quarto trimestre deste ano, a queda das vendas acumuladas até agora e fechar o exercício com desempenho igual ao registrado em 2002. Até julho, a retração dos negócios em comparação com os sete primeiros meses do ano passado foi de 1,5% em valores corrigidos, o que representa um faturamento 1 bilhão de reais inferior no período para as empresas do setor em todo o país.
As estimativas foram apresentadas na quarta-feira (27/08) pelo presidente da Associação Brasileira de Supermercados, João Carlos de Oliveira.
Segundo Oliveira, porém, a retração acumulada das vendas aumentou de 1,1% até junho para 1,5% nos sete meses, o que torna mais distante a projeção feita no mês passado de um desempenho positivo de até 1% neste ano. “Mas se revertermos a queda para zero já nos consideramos satisfeitos', disse o empresário.
Ele também crê que, confirmado o ambiente macroeconômico de “otimismo', o Natal deste ano deverá superar o de 2002 em volume de negócios. A previsão leva em conta que as grandes redes de supermercados estão oferecendo mais produtos de maior valor agregado, como eletroeletrônicos e têxteis, e devem superar em vendas as próprias lojas especializadas nesses segmentos.
Conforme o presidente da Abras, o desempenho dos sete primeiros meses foi prejudicado pela queda na renda dos consumidores, que passaram a substituir produtos mais caros por similares de menor valor.
