Sinalização de alta do juro é preventiva
O viés de alta para o juro básico, adotado pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, indica que o comitê está demonstrando cautela, tendo em vista a situação externa com a possibilidade de guerra no Iraque. A avaliação é do presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Alencar Burti.
Para Burti, o viés de alta é preventivo “e, na prática, não significa que haverá impactos imediatos no mercado”.
“Acredito ser previsível que teremos o conflito militar no Iraque, mas seus desdobramentos são imprevisíveis no curto e no médio prazo, o que justifica a cautela do Copom”, disse o presidente da ACSP.
O Copom decidiu também manter o juro básico em 26,5% ao ano, como previam os analistas. Mas o viés de alta possibilita ao BC promover um aumento, se necessário, antes da próxima reunião do Copom, em abril.
Burti acredita, porém, que não será necessário usar o viés e disse que o comércio ficará na expectativa de que o Copom mantenha a taxa básica de juros em 26,5% pelo menos até a próxima reunião.
Ivone Portes