De forma unânime, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o nome de Rodrigo Azevedo para compor a diretoria de Política Monetária do Banco Central.
Durante a sabatina, o economista defendeu o regime de metas de inflação, se mostrou favorável à autonomia operacional da autoridade monetária do BC e indicou vigilância quanto ao preço do petróleo.
Segundo Azevedo, atingir um patamar de inflação baixo e estável é “fundamental” para a sustentação da atual onda de crescimento, o que implica em altas de juros no momento em que a economia está crescendo, passando aos investidores a idéia de estabilidade.
Além disso, o futuro diretor comentou que o BC não deve apenas mirar o curto prazo, e que a orientação da política monetária deve ter foco no médio prazo.
Com relação ao petróleo, Azevedo declarou que os preços praticados no mercado internacional devem continuar em elevação, uma vez que existe uma forte demanda e a resposta da capacidade produtiva costuma demorar. A influência do petróleo na economia brasileira quando desacelera o crescimento do mercado global, aumentando a aversão a risco nos mercados de capitais e por meio dos impactos inflacionários primários (que devem ser acomodados pelo BC) e secundários -alvo de combate da instituição.
A indicação de Azevedo, que atuava no Credit Suisse First Boston (CSFB), é para ocupar o cargo de Luiz Augusto Candiota, que deixou a autoridade monetária em julho depois de acusações de irregularidades fiscais. Agora, o nome do economista precisa ser aprovado no plenário do Senado.