Sem renovar contrato, Câmara fica sem internet
Desde a semana passada ninguém consegue acessar o site da Câmara Municipal para ter informações dos vereadores ou acessar a TV Câmara para acompanhar as sessões e as audiências públicas. A razão é simples. O contrato do Legislativo com a Telefônica para ter o Speedy não foi renovado e, com isso, o servidor do sistema ficou sem conexão e nem e-mails os parlamentares têm para utilizar.
De acordo com o presidente da Casa de Leis, Alan Neto (PSC), o problema será resolvido no dia 4 de novembro. “Teremos um novo sistema de informática remodelado feito pela Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo). Fizemos uma licitação também que a Embratel ganhou para instalar IP e colocar fibra ótica na Casa.” Ele afirmou que não seria viável a renovação de contrato com a Telefônica. “Sempre foi feito coisas aqui para quebrar o galho e quero que haja planejamento e gestão séria.”
O líder do Governo, Zé Luiz (PT), avalia que a Câmara não poderia ficar sem sistema, já que isso prejudica a atuação dos vereadores. “Isso é um problema de todos os presidentes, não só do Alan. Infelizmente falta competência no setor de Licitação, que perde prazo e atrapalha todos. O pessoal, tanto de carreira como comissionados, precisa passar por reciclagem.”
Já o painel de votação, que está sem função desde o retorno do recesso em agosto, deve voltar a ser utilizado na sessão de amanhã. “Ele não passava por manutenção. Tive que fazer uma licitação para contratar uma empresa para consertar. Os trabalhos devem ser finalizados na quarta-feira (hoje).”
Ausências – A sessão ordinária de ontem do Legislativo foi aberta e encerrada às 14h40, pois havia apenas oito vereadores no plenário. “A sessão deveria ter começado às 14h e ninguém chegou. É uma falta de respeito com a cidade”, declarou o segundo vice-presidente e líder da Oposição, Geraldo Celestino (PSDB).
Na sequência, em sessão extraordinária, foi aprovado em primeira votação o Regimento Interno da Casa de Leis. O texto seria rejeitado pela falta de alguns parlamentares, entretanto, uma manobra evitou que isso ocorresse. No momento da votação, Celestino presidia os trabalhos. A proposta conseguiu 17 votos favoráveis, dois contrários e uma abstenção.
O secretário Lamé Smeili (PT do B) não pronunciou o resultado. Celestino interrompeu os trabalhos por cinco minutos. Quando reabriu a sessão, pediu para Paulo Sérgio (PV) assumir a presidência e deu o 18º voto necessário. Para Paulo Roberto (PP), a manobra foi ilegal. “Isso é matéria questionável judicialmente.”