De 22 a 25 de abril, a Secretaria de Saúde realizará várias atividades na Campanha Estadual de Combate à Hanseníase, que tem por objetivo ajudar a população a diagnosticar e tratar a doença popularmente conhecida como lepra.
Durante os quatro dias, serão realizadas palestras e exibidos filmes educativos para pacientes dos postos de saúde do Jardim Tranqüilidade, Cecap e Parque Jurema, considerados referências no diagnóstico e tratamento da doença. Ainda, haverá distribuição de cartazes e folhetos em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais do município.
A mesma atividade promovida nos postos de saúde será realizada na Escola Estadual Francisco Antunes Filho, no Cecap. Na quarta-feira, dia 23, a partir das 14 horas, os alunos assistirão a um filme e participarão de palestra sobre a hanseníase. “Também vamos responder às principais dúvidas dos alunos”, explica a coordenadora da campanha e dermatologista, Dalila Filomena Mohallen.
Na quinta-feira, dia 24, os funcionários do Hospital Padre Bento também poderão aprender mais sobre a doença com uma palestra, a partir das 14 horas. Logo em seguida, haverá um sorteio entre os funcionários que participarem de uma promoção baseada em perguntas sobre a doença. “Todos os que responderem entrarão no sorteio que dará prêmios simbólicos”, diz Dalila.
A abertura da Campanha de Combate à Hanseníase será na próxima terça-feira, dia 22, às 14 horas, no anfiteatro da Secretaria de Saúde (rua Íris, 300, Jardim Tranqüilidade). O encerramento acontecerá no anfiteatro do Padre Bento (avenida Padre Bento, 1573, Jardim Tranqüilidade) na sexta-feira, dia 25.
A doença
A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, curável, causada por uma microbactéria conhecida como bacilo de Hansen (devido ao nome do médico norueguês Gerhard Henrik Armauer Hansen, que a descobriu). Classificada como doença de pele, atinge também os nervos.
O homem é o único reservatório conhecido dessa infecção: somente os doentes que apresentam lesões – e que eliminam bacilos em quantidade pelo nariz e boca – são os transmissores da hanseníase. No entanto, dentre as doenças contagiosas, o Mal de Hansen é o que apresenta menor poder de contágio. Para adquirir a doença o indivíduo deve ter, ainda, uma predisposição à mesma; o que explica o fato de que algumas pessoas passem a vida tratando ou lidando com pacientes hansenianos sem jamais a contraírem.
Por ser uma doença transmissível crônica de evolução lenta, a cadeia de transmissão ainda permanece no mundo e no Brasil. Existem mais de 800 mil doentes nos quatro continentes, sendo que 70 mil estão em nosso país. A cada ano aproximadamente 3 mil pessoas são contaminadas.
Sintomas e tratamento
Geralmente, os portadores do Mal de Hansen apresentam os seguintes sintomas: manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele; sensação de anestesia com perda da sensibilidade dolorosa ao calor ou frio no local; diminuição da força muscular; atrofia muscular dos pés, mãos ou dedos; diminuição da sensibilidade local e ressecamento nos olhos.
Há diversos medicamentos específicos para o tratamento da hanseníase. No entanto, algumas medidas simples podem evitar a propagação da doença, como cuidados com a higiene pessoal e coletiva, evitando-se o acúmulo de pessoas com baixa imunidade em ambientes pequenos, que não tenha circulação de ar puro. Cuidados especiais devem ser adotados pelos familiares e amigos, que devem ser periodicamente submetidos a exames para diagnóstico precoce da doença.
“Apresentando qualquer sintoma, a pessoa deve procurar a UBS de referência mais próxima de sua residência”, diz a coordenadora. Confira os endereços das unidades:
Centro de Saúde Tranqüilidade – avenida Emílio Ribas, 1.845
Centro de Saúde Cecap – rua professora Maria Del Pilar M. Bononato, s/nº
UBS Jurema – rua Primeira Cruz, s/nº
O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 08 às 17 horas.
