Os saques da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 1,239 bilhão no mês de setembro. A fuga de recursos da poupança vem se repetindo mensalmente desde dezembro de 2002, acumulando uma queda na captação líquida superior a R$ 13 bilhões.
Pelos dados divulgados nesta segunda-feira, 06, pelo Banco Central, o impacto sobre o saldo das aplicações em poupança só não foi maior devido ao crédito de R$ 1,159 bilhão de rendimentos a que tinham direito os investidores. Por essa razão, o saldo teve uma pequena variação de R$ 137,899 bilhões em agosto para R$ 137,820 bilhões em setembro. Do total de recursos aplicados em caderneta de poupança, 65% devem ir para o financiamento habitacional.
Em setembro, os saques da caderneta de poupança somaram R$ 47.219 bilhões, enquanto os depósitos totalizaram R$ 45,980 bilhões. A diferença foi menor em agosto: houve uma captação líquida negativa de R$ 629,277 milhões.
A diferença entre os depósitos e retiradas da caderneta reflete a busca por investimentos com maior retorno. Isso se deveu à maior rentabilidade oferecida pelos títulos públicos, remunerados pela Selic, a taxa básica de juros, atualmente entre 1,6%e 1,7% ao ano. Já o rendimento mensal da poupança está abaixo de 1%.
Eliane Oliveira
