Levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) apontou que o salário mínimo deveria ser de R$ 1.628,96 no mês passado para suprir as necessidades básicas do trabalhador e de sua família
A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de junho, realizada pela instituição em 16 capitais do País.
Com base no maior valor apurado para a cesta, de R$ 193,90, em Porto Alegre (RS), e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,28 vezes maior que o piso vigente, de R$ 380,00. Em maio, o menor salário deveria ter sido de R$ 1.620,64, ou 4,26 vezes o valor vigente.
De acordo com o Dieese, o tempo médio de trabalho necessário para que o trabalhador que ganha salário mínimo pudesse adquirir o conjunto de bens essenciais reduziu-se em junho, na comparação com o mês anterior. Assim, na média das 16 cidades, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada 91 horas e 33 minutos para realizar a mesma compra que, em maio, exigia a execução de 92 horas e três minutos.