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Renda fixa é aplicação mais recomendada em ano eleitoral

Em ano eleitoral, com todas as oscilações provocadas no mercado pelas pesquisas de intenção de voto, a renda fixa é a aplicação financeira mais recomendada pelos especialistas. Para quem quer fugir do sobe e desce das bolsas ou da incerteza do dólar, consultores de finanças pessoais e executivos de bancos e corretoras sugerem as aplicações em renda fixa, seja em fundos de investimento ou em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários).

– Ano eleitoral significa volatilidade no mercado. Se o investidor vai precisar do dinheiro a curto prazo, é melhor ser conservador e aplicar em renda fixa – aconselha Alexandre Pinelli, diretor de produtos do Investa, empresa de distribuição de produtos financeiros controlada pela Itaú Corretora.

Na avaliação de Pinelli, a bolsa de valores pode ser um investimento interessante para quem visa o longo prazo. Em ano eleitoral, diz ele, costumam surgir boas oportunidades de ganho em ações que estão com preços abaixo do valor real. Na mesma categoria estão os fundos mais agressivos, como os derivativos.

– Se o investidor tem visão de longo prazo, tanto a bolsa como os fundos derivativos podem trazer ganhos interessantes. Mas é preciso ter pulso firme e agüentar a volatilidade – observa o executivo do Investa.

Já o dólar não é visto como uma boa opção de investimento neste ano, menos para quem tem dívidas atrelada à moeda. Para o coordenador da área de produtos e serviços da MaxBlue (consultoria financeira que reúne o Deutsche Bank e o Banco do Brasil), Marcello Paixão, a aplicação em moeda americana valeria a pena se ultrapassasse a cotação de R$ 2,70 em dezembro. Com as recentes baixas do dólar, argumenta Paixão, esse não é o cenário mais provável. O mesmo raciocínio vale para os Fundos de Investimentos no Exterior (Fiex).

– O dólar é um investimento de alto risco porque oscila bastante. Além disso, o Banco Central tem tido sucesso nas operações de rolagem de títulos. Também tem havido um fluxo positivo da moeda americana para o país com investimentos como a compra da Kaiser pela Molson. Para o cenário atual, o dólar não é um bom investimento – diz Paixão.

Geraldo Magella

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