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Reciclar para lucrar

Guarulhos, 21 de junho de 2002

arteA indústria da embalagem tem mostrado um bom rendimento nos últimos anos. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a produção aumentou 1,8%. Junto com o crescimento econômico veio a preocupação com o meio ambiente.

Como? Através de tecnologias limpas de produção; redução da espessura e peso das embalagens para diminuir a utilização de matérias-primas e energia no processamento; e de um melhor design da própria embalagem, para facilitar seu reaproveitamento ou reciclagem.

Grandes, médias e pequenas empresas têm a consciência de que usar material reciclado, sempre que possível, não diminui a qualidade do produto. A indústria do aço, por exemplo, responde por 20% do mercado brasileiro de embalagens e tem uma preocupação social com o descarte final do produto.

A Prolata, que tem como principal objetivo valorizar a embalagem de aço perante o mercado consumidor e a sociedade em geral, patrocina programa de coleta seletiva e reciclagem em Parati, no Rio de Janeiro. A empresa fornece apoio técnico a prefeituras que se empenham na redução de desperdícios e gerenciamento ambiental. Promove também oficinas de confecção de brinquedos, máquinas fotográficas e instrumentos musicais com latas reaproveitadas.

Fala-se pouco em reciclagem de aço, mas esse processo cresceu de 17% em 1992 para 40% em 2001, produzindo assim uma redução do desperdício de energia da ordem de 75% do seu consumo original.

O alumínio, material infinitamente reciclável, é o produto mais reaproveitado no Brasil. O país reciclou 85% de todas as latas de alumínio para bebidas consumidas em 2001. Com este índice, o Brasil superou seu próprio recorde e está muito perto de tornar-se campeão mundial.

As pequenas empresas têm papel importante nesse processo, seja comprando material reciclado ou vendendo as sobras de materiais para organizações que fazem a reciclagem propriamente dita.

A Plastseenpe, empresa fabricante de embalagens de plástico para alimentos, não pode reutilizar material, mas vende suas sobras para uma entidade que reaproveita todo o plástico que não será mais usado por ela. Este é um exemplo de como uma empresa pode ajudar o meio ambiente e ainda sair lucrando com o processo de reciclagem.

Adriana Monteiro