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Queda do risco-país ajuda empresas a captar dinheiro mais barato

Guarulhos, 13 de janeiro de 2004

O risco-país funciona como um termômetro que mede a confiança dos investidores na economia brasileira. A valorização do títulos públicos como o C-Bond é boa para o país por que indica aos investidores internacionais que o Brasil tem condições de saldar suas dívidas.

A coordenadora adjunta da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Simone Saisse, afirmou que o efeito imediato dessa confiança é a valorização dos títulos do Brasil com a vantagem de beneficiar empresas brasileiras, que com a queda do risco, conseguem financiamentos mais baratos no exterior: “essas empresas se beneficiam porque conseguem captar recursos lá fora a um custo menor”, explica Saisse.

Desde que foi lançado, em 1994, é a primeira vez que o C-Bond atinge uma cotação tão boa no seu valor de face: “no momento de maior crise, ele chegou a ser negociado a 40% do seu valor de face. O fato dele ter superado seu valor de face representa a melhora de percepção do risco do país”, afirma a coordenadora.

Segundo Saisse, com a confiança do mercado externo, o interno vai refletir rapidamente de forma positiva essa mudança, “principalmente no mercado secundário que é muito dinâmico”. Por outro lado, a coordenadora avisa que o mercado é instável e um erro na política econômica que assuste os investidores ou uma mudança negativa do cenário exterior pode fazer o risco Brasil voltar a subir. Ainda assim, ela lembra que o país tem conquistado credibilidade mais permanente com a alternância do poder para oposição: “o governo mostrou-se responsável com relação aos seus compromissos e tivermos um ganho permanente com relação a melhora da percepção de risco”.