Prefeitura organiza seminário sobre o desarmamento
Evento, que aconteceu no Adamastor, contou com o apoio da ACE-Guarulhos
O representante do Instituto “Sou da Paz”,Daniel Mizne, o secretario municipal, Geraldo Jânio Vendramine e o diretor jurídico da ACE, Manoel Marcelo
Com o objetivo de fomentar a discussão e o esclarecimento da sociedade sobre o referendo do desarmamento, a Prefeitura de Guarulhos organizou na terça-feira (4/09), no teatro do Centro Educacional Adamastor, um seminário que contou com a participação de formadores de opinião. A Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos apoiou a realização do evento.
A abertura do debate aconteceu às 10h com a presença do prefeito Elói Pietá. Entre os debatedores foram convidados o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Guarulhos, Airton Trevisan, o deputado estadual Vanderlei Siraque, o representante do Instituto Sou da Paz, Denis Mizne e o diretor jurídico da ACE, Manoel Marcelo. Quem mediou os debates foi o Secretario Municipal para Assuntos de Segurança Pública, Geraldo Jânio Vendramini. O público presente participou fazendo perguntas.
Neste mesmo dia aconteceram também palestras com a participação de autoridades como o Secretário Municipal de Saúde, Paulo Capucci, do presidente da Apeoesp, Prof° Carlos Ramiro de Castro, do delegado seccional da Polícia Civil, João Roque Américo e do Comandante do Policiamento Metropolitano da Capital, Coronel Reinaldo de Oliveira Rocco.
No período da manhã, os debatedores foram Airton Trevisan, presidente da OAB-Guarulhos, que é contra o desarmamento, e o presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro, que defendeu a proibição do comércio de armas e munição no país.
Já na parte da tarde, os debatedores foram o representante do Instituto Sou da Paz, Denis Mizne, a favor do desarmamento, e o diretor jurídico da ACE, Manoel Marcelo, que se posicionou contra o desarmamento.
Segundo o representante do Instituto Sou da Paz, Denis Mizne, se o porte legal de armas tivesse dado certo, não seria necessário o referendo.
“É a primeira oportunidade que temos nas mãos para começarmos a agir. Sabemos que os problemas de segurança são complexos e não serão resolvidos da noite para o dia, mas podemos começar fazendo alguma coisa”, afirmou.
Mizne disse ainda que o cidadão comum tem sido uma fonte para os criminosos.
“Os dados mostram que a maioria das armas apreendidas pertenciam a pessoas de bem e que acabaram sendo roubadas pelos criminosos”, declarou.
O diretor jurídico da ACE, Manoel Marcelo, falou que a legislação em vigor que foi aprovada pelo congresso, é dura e pesada. Ele não vê a necessidade de se renunciar ao direito de possuir uma arma.
“O problema da violência está muito distante da arma de fogo. Eu duvido que em países como a Inglaterra, onde já existe a proibição, o serviço médico público seja igual ao do Brasil e que as condições de emprego sejam iguais às nossas. Só resolveremos o problema da violência fazendo a inclusão social”, destacou.
Manoel Marcelo falou ainda que todos possuem o direito de escolher se querem ou não ter uma arma de fogo.
“Se para algumas pessoas ter uma arma é um risco, é melhor não comprar. Por outro lado se alguém acha que ter uma arma pode ajudar na sua defesa, ele tem que ter o direito de poder comprar”, apontou.
Já o presidente da ACE, Decio Pompêo Junior, que estava presente ao debate, também se posicionou contra o desarmamento.
“Não vejo a necessidade de fazer com que renunciemos a um direito, que só depende de nós mesmo. A decisão é nossa se queremos ou não ter uma arma. O governo precisa sim é investir no setor de segurança pública e não nos tirar esta conquista”, alfinetou.
O referendo, que faz parte do processo de regulamentação da Lei 10.826, conhecida como Estatuto do Desarmamento, acontece no dia 23 de outubro, propondo a seguinte pergunta a população: O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?
Participe da enquete realizada pelo portal da ACE, www.aceguarulhos.com.br , responda a essa pergunta e saiba a opinião dos internautas.
O seminário organizado pela prefeitura contou com o apoio da ACE-Guarulhos, Viva Guarulhos, da Guarda Civil Municipal e da Zuccaro Imóveis.