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Prazo para cadastramento de celulares pode ser prorrogado

O prazo para as operadoras de telefonia cadastrarem seus usuários de telefones pré-pagos deveria terminar no próximo dia 23 de outubro; contudo, há possibilidades de o governo optar pela prorrogação da data por mais 90 dias. O adiamento do prazo é uma reivindicação das próprias empresas, que disseram ter encontrado dificuldades para realizar o cadastramento.

Ainda faltam cerca de 12 milhões de cadastros

Segundo o presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Luiz Guilherme Schymura, a mudança da data-limite para o cadastramento não deverá afetar os usuários dos telefones pré-pagos, mas trará benefícios no sentido de que a alteração do prazo possibilitará um trabalho mais detalhado e, conseqüentemente, mais seguro.

A Agência acredita que o novo prazo que poderá ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ser cumprido sem grandes problemas. Acontece que ainda existem cerca de 12,127 milhões de celulares que não foram cadastrados, de forma que se estima um tempo médio de cadastro de cerca de 2,5 minutos para cada usuário.

De acordo com o balanço mostrado pela Anatel ao Ministério das Comunicações, até o início de setembro já haviam sido cadastrados cerca de 58% do total de celulares pré-pagos, sendo que a BCP informou que já concluiu o cadastramento de seus usuários e a TIM chegou a cadastrar cerca de 75% de sua base de clientes pré-pagos até o início de setembro.

Por sua vez, as empresas do grupo Telecom Américas cadastraram até aquela data 60% de seus usuários, enquanto a Oi cadastrou apenas 5% e a TIM Maxitel, menos ainda, 1%. Tal como a Vivo, a TIM Celular (SMP) chegou a cadastrar cerca de 70% de seus usuários no mesmo período.

Mais segurança

Convém lembrar que a lei que passou a obrigar as operadoras a cadastrarem seus usuários de pré-pagos tem como objetivo principal facilitar os trabalhos da polícia e do Judiciário.

A medida visa inibir a ação de criminosos, ao passo que será possível identificá-los pelos aparelhos, o que até então não era possível. Atualmente, existem meios de se rastrear os aparelhos, mas não se sabe a quem eles pertencem. Este seria então o motivo principal pelo qual os criminosos preferem os aparelhos pré-pagos.

Paloma Brito

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