“O cheque, especialmente o pré-datado, é um instrumento de venda muito importante para o varejo. Não apenas um meio de pagamento, é também uma importante forma de concessão de crédito”, diz o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. “O fato de ele ser muito utilizado prova que é uma boa opção. É um instrumento mais ágil, uma forma rápida e desburocratizada de pagamento”, completa.
Segundo o economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Fábio Pina, o cheque pré-datado corresponde a 20% das vendas no varejo – 40% das vendas são feitas à vista. “Trata-se de um instrumento de fomento ao comércio, mas é arriscado, por causa dos cheques sem fundo”, diz Pina, ressaltando que os negócios com cartão de crédito são mais caros para os lojistas.
A rede Lojas Cem possui financiamento próprio e só aceita cheque pré-datado quando o cliente exige essa condição para comprar. “A loja tem um plano especial pagamentos em cheque sem juros e a participação de cheques pré-datados nas vendas é de apenas 3%”, revela o assessor de comunicação, Odacir Parcker. A rede Casas Bahia não aceita cheques pré-datados, trabalha apenas com crediário e carnê. Na Lojas Americanas, esse tipo de pagamento também tem participação pequena; as vendas são feitas predominantemente à vista e com cartões.
“Nos supermercados os cheques também não representam muito. Em lojas com crediário próprio, o percentual de cheques é menor”, comenta Fábio Pina, da Fecomercio-SP.
Mila Marques