Plano prevê subsídio para compra de carro 0km
A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) do carro zero acaba no dia 30 de novembro. Apesar dos efeitos positivos, o governo já sinalizou que não pretende prorrogar o pacote. Em setembro, por exemplo, foram vendidos 125.035 unidades, um aumento de 24,1% em relação a agosto. Foi o melhor resultado registrado pela indústria automotiva desde dezembro do ano passado.
No entanto, a Folha Online apurou que o programa de renovação da frota de automóveis deve finalmente sair da gaveta. Para ganhar um visual mais sofisticado, o programa – defendido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) – foi redesenhado pela Trevisan Consultoria Empresarial.
Pelos cálculos da Trevisan, o programa de renovação da frota pode ampliar em até 300 mil o número de unidades de carros novos vendidos para o mercado interno.
O cálculo leva em conta um pacote de incentivos para os trabalhadores com renda mensal de até 12 salários mínimos.
Para esse público, haveria a criação de um programa de venda subsidiada do carro zero.
A idéia é permitir que essa fatia da população possa comprar em até 48 parcelas fixas de R$ 400 um carro novo.
Para que o programa seja viável, as montadoras terão de abrir mão de parte de suas margens de lucro, o governo arrecadará menos impostos e os juros terão de ser reduzidos.
“O trabalhador que ganha até 12 salários, troca de carro a cada 62 anos. A idade avançada do seu automóvel gera um gasto médio mensal de R$ 160 em manutenção. Com mais R$ 400, ele poderá ter um carro novo”, disse o consultor Antoninho Marmo Trevisan.
O presidente da CUT, Luiz Marinho, disse que o programa de renovação da frota já foi apresentado ao Fórum de Competitividade do Setor Automotivo.
“As idéias e os argumentos já existem e foram apresentadas pela CUT. Basta mais um pouco de vontade para levar o programa adiante.”
Fabiana Futema