Planeta do Tesouro muda história de piratas para espaço sideral
Os roteiristas e diretores John Musker e Ron Clements aplicaram uma estratégia arriscada à transformação do ambiente e, na maior parte do tempo, ela funciona bem: enquanto o oceano do livro original foi substituído pelo espaço sideral e os piratas por marinheiros espaciais alienígenas, muitos outros elementos de época da história original foram mantidos.
As naves espaciais intergalácticas ainda parecem naus do século 17, embora sejam movidas pelos raios solares e não pelo vento.
Um narrador conta a história do notório pirata espacial capitão Flint e seu lendário tesouro, e o espectador fica sabendo que está ouvindo uma leitura futurista feita ao personagem Jim Hawkins quando ainda era muito pequeno.
Doze anos se passam e Jim agora é um adolescente de 15 anos (Joseph Gordon-Levitt) com tendência a se envolver em problemas. Ele vive com sua mãe, que administra uma pousada desde a partida de seu marido, alguns anos antes.
Um dia, Billy Bones (Patrick McGoohan) chega à pousada e logo depois morre, deixando para trás uma esfera metálica intrigante. Quando Jim por acaso descobre como abri-la, encontra um mapa holográfico tridimensional que mostra o caminho para o fabuloso Planeta do Tesouro, onde o capitão Flint escondeu suas preciosidades.
É claro que Long John Silver (Brian Murray) e seus amigos piratas não tardam a vir procurar o mapa. Depois que eles acabam por incendiar a pousada, Jim decide aventurar-se em busca do Planeta do Tesouro, acompanhado pelo Doutor Doppler (David Hyde Pierce), que lembra um cachorro.
Eles contratam um navio, sob o comando da felina capitã Amelia (Emma Thompson). Infelizmente, Long John Silver e sua gangue estão entre os tripulantes. Eles planejam fazer um motim e ficar com o tesouro para eles.
Musker e Clements se mantiveram bastante fiéis à história original. Excetuando uma subtrama romântica envolvendo Doppler e a capitã, Planeta do Tesouro segue de perto a trama original de Stevenson.
