O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) não acredita que o repasse será imediato para os preços, porque vai depender dos estoques e da concorrência. São 18 distribuidoras, 15 mil revendedores e 100 mil pontos de venda do produto em todo país.
Este é o quarto reajuste de preços do GLP este ano. O produto acumula um aumento de 63,3%, sendo que o último, de 9,2%, entrou em vigor no dia 1 de junho.
O novo reajuste dos preços do GLP foi necessário, segundo a Petrobras, para os realinhar aos do mercado internacional. A forte desvalorização do real frente ao dólar nas últimas semanas obrigou a estatal a promover o reajuste.
O novo reajuste do gás de cozinha em julho vai fazer o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subir mais 0,10 ponto percentual, com a maior parte do impacto registrada em julho. Um resíduo deve influenciar um pouco os números de agosto.
Segundo o economista Paulo Brück, coordenador de pesquisas do Instituto Fecomércio, a inflação de julho, que já vai sofrer as pressões dos aumentos da gasolina, do óleo diesel, da telefonia fixa ficará em, no mínimo, 0,6%, sem contar com o aumento da luz em São Paulo, ainda não divulgado. Com o último aumento anunciado pela Petrobras, o gás de cozinha vai tirar o posto de energia elétrica como a principal contribuição para subida da inflação no ano até agora.
Ramona Ordoñez e Cássia Almeida