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Pesquisa mostra atual estágio da governança corporativa nas empresas

O funcionamento do Conselho Administrativo está mais ligado às pessoas do que aos processos estabelecidos, e também está mais envolvido em questões estratégicas do que em temas envolvendo o desempenho da empresa.

Além disso, os benefícios associados à Governança Corporativa estão mais relacionados à obtenção de investimentos do que à gestão propriamente dita da empresa; e as empresas brasileiras estão conscientes da relevância da adoção das melhores praticas da Governança Corporativa.

Estas são algumas conclusões tiradas do estudo “Panorama Atual da Governança Corporativa no Brasil”, realizado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e pela Booz Allen, envolvendo uma amostra de 285 empresas de controle nacional, pertencentes à relação das 500 maiores.

A separação entre o presidente do Conselho e o presidente-executivo é uma prática adotada por 78% das empresas. Apesar de 52% dos entrevistados considerarem importante a adoção de conselheiros independentes, apenas 8% efetivamente o são, com 83% dos conselheiros sendo escolhidos pelos controladores das empresas. Outra constatação do estudo é que 93% das empresas ouvidas não possui um plano para a sucessão do presidente.

O desempenho do Conselho de Administração não é avaliado sistematicamente por 89% dos entrevistados, o que não impede que 86% tenham-se declarado satisfeitos com o cumprimento das pautas.

Quanto ao treinamento dos conselheiros, apenas 4% afirmam ser muito importante adotar uma política neste sentido, enquanto que para 53% este quesito não tem maior relevância.

Apenas 28% das empresas que integram o estudo possui Comitê de Auditoria, enquanto que 59% contam com Conselho Fiscal instalado. Quase a metade dos entrevistados (48%) não considera importante a relação com os acionistas minoritários.

O Código Brasileiro das Melhores Práticas de Governança Corporativa, lançado pelo IBGC em 1999 e que agora ganha uma terceira edição atualizada, é conhecido por 66% dos participantes.

O estudo foi composto por cerca de 110 questionários recebidos de 70 empresas que atendem aos requisitos da amostra, respondidos por presidentes do conselho, conselheiros de administração, conselheiros fiscais, diretores-presidentes e diretores de relações com investidores.

Para a obtenção de dados mais precisos, foram realizadas entrevistas pessoais em profundidade com representantes de alto nível de 20 empresas.

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