ACE-Guarulhos

Pequenos têm oitava queda seguida

O faturamento das micros e pequenas empresas do Estado de São Paulo caiu 7,1% em maio na comparação com igual mês do ano passado. Foi a oitava queda mensal consecutiva (veja quadro). Em termos absolutos, essas empresas faturaram R$ 20,5 milhões no mês. Desde o agravamento da crise global, em outubro de 2008, o segmento não conseguiu auferir resultado positivo. No entanto, a retração verificada em maio foi a menor dos últimos oito meses. E se a receita for comparada com a de abril, observa-se alta de 1%.

As micros e pequenas indústrias enfrentam grandes dificuldades nesse período de turbulência. A queda no faturamento na comparação com maio de 2008 foi de 17,6%. O setor de serviço registrou retração de 7,8%; e o comércio, de 2,6%. Segundo Ricardo Tortorella, diretor superintendente do Sebrae-SP, as indústrias foram mais afetadas porque são mais sensíveis à falta de crédito. Os segmentos industriais mais atingidos foram os de bens de consumo duráveis e o de capital.

Por outro lado, o comércio, que registrava  quedas de aproximadamente 10%, foi beneficiado pelas boas vendas do Dia das Mães e obteve um resultado próximo ao  obtido em 2008. O varejo foi o único segmento a ter resultado positivo na passagem de maio para abril, de 5,3%. Na mesma  comparação, a indústria auferiu queda de 0,1% e os serviços, de 6%.

As  empresas do setor de serviços registraram o pior resultado desde o início da desaceleração da economia, com  queda de 7,8%. Os segmentos mais atingidos  foram os de vigilância, advocacia, contabilidade, limpeza e publicidade.

As micros e pequenas empresas da região do Grande ABC também tiveram queda no faturamento em maio, despencando 11,2% na comparação com igual mês do ano anterior. Nessa mesma comparação, a retração para as companhias da região metropolitana foi de 9%; para as da cidade de São Paulo, de 8,7%; e para as do interior, de 4,7%.

Apesar de acumular mais um resultado negativo, o levantamento do Sebrae-SP mostra que a expectativa dos empresários quanto ao faturamento  permaneceu estável entre maio e junho. Em ambos os meses, 46% dos entrevistados acreditam na melhora do faturamento. Entretanto, com relação ao desempenho da economia, a expectativa caiu.  Em maio, 45% deles apostavam em melhora; em junho, esse percentual foi de 43%. A pesquisa do Sebrae-SP monitora mensalmente 2,7 mil micros e pequenos empresários.

Sair da versão mobile