Pequenas terão R$ 200 milhões em 2003
No próximo ano, o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa-Sebrae-SP terá um orçamento de R$ 200 milhões, para estimular projetos de incentivo e apoio às micro e pequenas empresas. A informação é de Alencar Burti, recém-eleito presidente do conselho da entidade. “Tentarei a racionalização de custos, para que possamos viabilizar todas as iniciativas a que queremos dar prioridade, entre elas a geração de empregos, por intermédio da qual queremos que desempregados se transformem em micro e pequenos empresários”, diz.
Embora Burti ainda não faça declarações sobre os seus projetos para o Sebrae-SP para o próximo ano, fontes da entidade garantem que vários segmentos do comércio serão foco da sua atenção, entre eles varejo de materiais de construção, alimentação e vestuário. Estes setores, dizem as fontes, poderão receber crédito do Sebrae-SP.
Mas, apesar de só tomar posse no próximo mês, Burti já está fazendo planos para o futuro. Ele quer que as outras entidades mantenedoras do Sebrae, como a Fecomércio, Associação Comercial, Federação da Agricultura e Federação das Indústrias unam esforços para desenvolvimento de ações conjuntas, em prol do micro e pequeno empresário.
Ele acredita ser de extrema importância o micro e pequeno empresário estar bem informado sobre o universo em que vai gerir o seu estabelecimento. “Ele precisa saber que vivemos num mundo extremamente competitivo e, por esta razão, deve estar informado sobre todos os fatos e a realidade que o cercam”, diz.
Burti afirma que para os projetos do Sebrae se viabilizarem, ele procurará uma racionalização de custos e acredita que por ter sido eleito por um consenso dos 13 conselheiros da entidade terá apoio para as iniciativas.
Segundo ele, a entidade tem uma equipe técnica qualificada e competente, que apoiará as metas do conselho deliberativo do Sebrae-SP.
O Sebrae-SP atinge todos os 645 municípios do Estado de São Paulo, onde existem 1,3 milhão de micro e pequenas empresas, responsáveis por 70% da mão-de-obra e 30% do Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo.
“Nossa ação se tornará muito mais abrangente com parcerias com as Associações comerciais e empresariais, sindicatos da Fiesp e da Fecomércio”, afirma Burti.
Setores
Em São Paulo, são 562.929 as micro e pequenas empresas do comércio, que correspondem a 43% do segmento. A micro empresa comercial tem até 9 empregados e a de pequeno porte, de 10 a 49 funcionários. A microempresa tem um faturamento bruto anual de até R$ 244 mil e a empresa de pequeno porte , entre R$ 244 mil e R$ 1,2 milhão.
Das MPEs paulistas no comércio, 9% são minimercados; 9%, vestuário; 6%, material de construção; 4%, autopeças; 4%, farmácias e drogarias; 4%, hortifruti, peixes e fumo; 3% bebidas, 3%, tecidos/armarinhos; 3%, manutenção de veículos e 3% açougues.
Celia Moreira