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Pequenas empresas têm mais tempo de vida

Guarulhos, 21 de agosto de 2007

O número de micros e pequenas empresas que fecharam as portas no País caiu de 35,9% para 22% entre 2003 e 2005, segundo o levantamento “Taxa de Sobrevivência e Mortalidade das Micros e Pequenas Empresas”, realizado pela Vox Populi e apresentado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

A pesquisa, produzida no primeiro semestre deste ano, fez o diagnóstico de 14.181 empresas, 13.428 ativas e 753 extintas de todas as regiões do Brasil. Especificamente no Sudeste, o índice de fechamento caiu de 39,1% para 16,1%. A mortalidade está em declínio desde 2000, quando a quebra chegava a 61,1% no Sudeste e a 59,9% no Brasil.

Para explicar o tempo de vida maior das empresas de pequeno porte, a consultora da unidade de Gestão Estratégica do Sebrae de Brasília, Magali Albuquerque, afirmou que as habilidades gerenciais, a capacidade empreendedora e a logística operacional são os principais fatores do sucesso dos negócios que permaneceram em aberto entre 2003 a 2005.

“Os dois primeiros motivos mostram a preparação do empresário para interagir com o mercado em que atua e a competência para conduzir o negócio”, disse Magali.

A mortalidade das empresas tem explicações claras. Os empresários apontaram que a falta de clientes foi a razão que mais contribuiu para o fracasso do negócio. Essas respostas, segundo o Sebrae, variaram entre 23% e 29% nos três anos pesquisados. Em seguida aparecem a carga tributária, os encargos e os impostos, com 43% de citações como fator decisivo para fechar o negócio no período.

A pesquisa relaciona outros dados a respeito das pequenas e microempresas, além de informações sobre os empresários que as comandam. Em relação ao tempo para fechar legalmente o negócio, em 2003, das 180 empresas extintas pesquisadas, 48 levaram em média 113 dias para dar baixa nas atividades. De acordo com o Sebrae, em 2004, das 127 empresas extintas do levantamento, 37 empresas levaram 137 dias. Já em 2005, das 446 empresas pesquisadas, 145 fecharam em 84 dias.

Os homens eram maioria no comando das empresas, entre 2003 e 2005, segundo pesquisa Vox Populi-Sebrae. Do total de 13.428 empresas ativas analisadas, 64% eram comandadas por homens. Já nas 753 empresas extintas, 61% eram administradas por homens.

A faixa etária dos proprietários das empresas ativas era de 37 anos e das extintas, 30 anos, entre 2000 e 2002. Já na pesquisa de 2003 a 2005, a idade média subiu para 38 e 39 anos, respectivamente, para empresas ativas e extintas.

Antes de entrar para o empreendimento, 51% dos empresários de empresas ativas, constituídas em 2005, eram funcionários de empresas privadas. Nas empresas extintas, o percentual de ex-funcionários de empresas privadas era de 39%. Os autônomos aparecem com 19% de participação tanto para as empresas em atividade como para as extintas.