Segundo o estudo, entre 1990 e 2003, nas empresas com até 4 funcionários houve um aumento de 150% no número de empregados, que teria subido de 1,52 milhão para 3,8 milhões.
Em sentido contrário, nas empresas com mais de mil funcionários houve uma queda de 41% no número de postos de trabalho, que teria baixado de 4,467 milhões para 2,65 milhões.
Segundo o secretário de Políticas Públicas de Emprego e Renda do Ministério do Trabalho, Remígio Todeschini, o resultado do estudo teria fortalecido as esperanças do governo para a participação destas empresas no Programa Primeiro Emprego (PPE).
PPE beneficia pequenas empresas
O PPE estaria, segundo Todeschini, contribuindo para o crescimento e expansão das atividades das pequenas empresas. Pois ao conceder incentivos financeiros para quem contratar profissionais sem experiência anterior, o PPE reduz o custo de mão-de-obra destas empresas. E são exatamente as pequenas empresas em expansão as que mais sofrem com o peso do custo de mão-de-obra em seu faturamento.
Para o secretário, o incentivo financeiro busca compensar estas empresas pelo fato de darem uma oportunidade de trabalho para profissionais sem experiência anterior, e que ainda estejam concluindo seus estudos.
Entre as empresas de grande porte, a adesão ao PPE acontece no âmbito da responsabilidade social, e não através da concessão de incentivo financeiro.
Pois, nas empresas de grande porte os contínuos ganhos de produtividade permitem uma redução do peso do custo da mão-de-obra sobre o faturamento. Para Todeschini, a inclusão social deve ser uma preocupação de toda a sociedade e não apenas do Governo.
Fernanda de Lima
