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Pequenas e médias empresas terão mais recursos para inovação

Guarulhos, 17 de fevereiro de 2003

arteA Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão do governo federal encarregado de auxiliar o desenvolvimento tecnológico do setor privado, vai passar a dar prioridade às parcerias com pequenas e médias empresas. A determinação partiu do ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, cuja pasta controla a Finep.

O ministro avalia que as grandes companhias precisam menos de avanço científico e de recursos para investir do que as corporações menores. “Houve uma distorção no governo passado: a Finep deixou de financiar pequenas e médias empresas”, afirmou Amaral.

Os dados mais recentes disponíveis sobre a Finep, relativos a 2001, indicam que existe uma concentração das operações com grandes empresas. No ano retrasado, houve 122 pedidos de financiamento que, somados, chegaram a R$ 752,4 milhões.

Isso significa que, em média, cada pedido requisitava da Finep por volta de R$ 6 milhões, cifra distante do que as pequenas e médias empresas podem gastar em um ano com desenvolvimento tecnológico.

Roberto Amaral disse também que o ministério vai trabalhar junto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que sejam criadas linhas de crédito para desenvolvimento tecnológico voltadas preferencialmente a pequenas e médias empresas.

Segundo Amaral, o governo federal também pode ajudar no progresso tecnológico das pequenas empresas de outra maneira: “Temos de encontrar uma formas de prestigiar essas empresas em nossas compras governamentais.”

O novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Erney Camargo, concorda que é necessário intensificar as relações das agências de incentivo, como é a Finep, com as empresas de pequenos porte.

André Barrocal