Pelo quinto mês consecutivo, ganhou mais no mercado financeiro brasileiro quem deixou os recursos aplicados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Em novembro, o mercado de ações teve valorização de 12,24%, elevando para 79,1% o ganho dos investidores no ano.
A constante diminuição do ritmo de alta da inflação favoreceu todos os investimentos em novembro. O IGP-M, um dos índices de inflação mais utilizados na correção de contratos, teve alta de 0,49% em novembro, taxa inferior ao rendimento nominal das principais aplicações financeiras. Ou seja, os investidores que optaram por bolsa, dólar, ouro ou aplicações de renda fixa tiveram ganhos reais (acima da inflação) em novembro.
Recuperação – Na lista dos melhores investimentos do mês de novembro, destacaram-se dois ativos: dólar e ouro, que recuperaram parte das perdas registradas no mês anterior. O ouro teve ganho de 5,37% no mês passado, depois de ter perdido 1,39% em outubro, quando foi a pior aplicação do mercado.
A moeda americana fechou o mês de novembro com alta acumulada de 2,83%, que compensou a desvalorização de 0,9% de outubro. Na lista dos melhores investimentos de novembro o ouro ficou em segundo lugar e o dólar comercial, em terceiro.
Depois de bolsa, ouro e dólar vieram as aplicações de renda fixa. Os CDBs para aplicações superiores a R$ 100 mil tiveram ganhos de 1,41% no mês passado, rendimento que foi de 1,19% para os fundos de renda fixa.
Os investidores que deixaram os recursos aplicados em fundos DI ganharam 1,14% em novembro. Os CDBs para aplicações de até R$ 5 mil tiveram valorização de 1,13%. A caderneta de poupança ficou em último lugar na relação dos melhores investimentos de novembro, com rendimento nominal de 0,68%.
Se a tendência de queda da taxa básica de juros da economia (Selic) continuar, o que é bastante provável, as aplicações de renda fixa (ligadas aos juros) tendem a continuar perdendo para a bolsa de valores.
Rejane Aguiar