Há quem ainda prefira ir a agências, desde que estas ofereçam um tratamento diferenciado. É o caso do vendedor Edson da Cunha Miranda, 35 anos, assíduo freqüentador da sala de ações do Banespa, na recém-reformada agência central da instituição, em São Paulo. No local, os investidores têm acesso às informações do mercado financeiro em tempo real. “A agilidade das informações é fundamental no mercado de ações”, argumenta.
“Aqui não tenho de enfrentar a lentidão da rede, e ainda temos o contato com outros investidores que também vêm ao banco diariamente. Tenho a agilidade de que preciso”, diz, confirmando uma das novas tendências do setor bancário: serviços especializados nas agências e atendimento virtual, via “home banking”, nas operações mais rotineiras.
O uso do “home banking”, por exemplo, virou hábito para Márcio Patrício, dono de uma empresa de embalagens. O empresário admite que não utiliza computadores públicos, como os instalados em cyber cafés, para resolver suas operações bancárias. Ele prefere limitar as operações à sua máquina particular, temendo a eventual ação de “hackers”, os piratas virtuais.
O adolescente Rafael Taboranski, de 14 anos, controla sua conta pela Internet. Uma vez por mês ele entra na página do seu banco para conferir se os pais depositaram a mesada de R$ 50.
Mas a visualização das operações na tela do computador não é suficiente para convencer o empresário Arquimedes da Silva, sócio da Clatesp Classificados e Assinantes.
Gosto de receber meus comprovantes na boca do caixa”, diz.
André Siqueira e Adriana Moreira