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Pais: lucro com lembrancinhas

Guarulhos, 13 de agosto de 2007

O consumidor que deixou para comprar o presente do Dia dos Pais na última hora pôde andar tranqüilamente pelos shoppings da cidade

O movimento, considerado normal pelos profissionais do setor, não comprometeu o passeio das famílias. No sábado, muitos andavam pelos corredores empurrando carrinhos de bebês e segurando sacolas, principalmente com roupas e pequenas lembranças.

A expectativa da Associação Brasileira dos Shopping Centers (Abrasce) é de um aumento de 11% nas vendas, mas os lojistas calculam crescimento de até 30%.

De acordo com o gerente da Side Walk, do Shopping Pátio Higienópolis, na zona oeste da capital, Rogério Leite, muitos consumidores compraram o presente com antecedência na semana em que o tempo esfriou, por isso o movimento não foi tão intenso na véspera. “As liquidações de inverno, com descontos de até 50%, ajudaram a alavancar as vendas do Dia dos Pais”, disse. O tíquete médio, de acordo com Leite, ficou em torno de R$ 300. “Os clientes mais jovens levaram mais de uma peça”, afirmou.

Na loja Papel e Magia, que vende produtos para escritório, informática e lembrancinhas em geral, os itens temáticos, específicos para a data, foram os mais procurados: canecas, pijamas, camisetas, chinelos e até medalhas com a frase “pai coruja” ou “super pai”. “O Dia dos Pais é o nosso segundo Natal.

Esse ano crescemos 30%, superando todas as expectativas”, disse o gerente Erik Abe. Segundo ele, o tíquete médio foi de R$ 50.
No Shopping Boulevard Tatuapé, a administradora de empresas Silvana Sanches queria gastar R$ 250 em presentes para o marido. “Vou comprar sapato, calça, camisa e um pen drive”.

Para não errar com o presente, muitos consumidores escolheram produtos relacionados a futebol. Na Roxos & Doentes, por exemplo, o tíquete médio do período foi de R$ 200. “As pessoas compram uma camisa de presente e sempre levam um complemento para presentear o sogro”, disse o gerente da loja, Edílson Dias. De acordo com ele, o movimento aumentou 60% em relação ao final de semana anterior. “Nós vendemos paixão. Todo mundo é apaixonado por um time”. Caneca, toalha, avental de churrasqueiro e até perfume com o distintivo dos principais clubes paulistas atraíram o consumidor na véspera do Dia dos Pais.

Produtos tradicionais como bolsas, cintos e carteiras de couro também foram boas opções. Na Di Marino, os itens mais vendidos custavam R$ 25, segundo a supervisora da loja, Lourdes de Souza Ferreira. “A data é caracterizada por ser o dia das lembrancinhas. As pessoas querem dar um presente útil e barato”, disse, ao destacar que alguns clientes desembolsaram até R$ 120 por pastas de couro. “A data está melhorando a cada ano, quase se igualando à comemoração dos namorados. Nossas vendas cresceram 20%”, disse.