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Os cuidados ao fazer um empréstimo pessoal

Guarulhos, 30 de junho de 2003

arteJá faz parte da paisagem das grandes cidades, seja nos postes, sob viadutos, em faixas, ou em qualquer muro em que haja espaço disponível, a colocação de cartazes oferecendo dinheiro emprestado, invariavelmente acompanhado da frase “com a melhor taxa”.

Outro fator que chama a atenção é que o anúncio traz invariavelmente um número de telefone celular logo abaixo. Nada mais.

Esse fato causa um pouco de estranheza para quem pretende e necessita de um empréstimo, mas muita gente, no aperto, acaba ligando. E em muitos casos se dando mal.

Um dos golpes mais comuns é do atendente, depois de muita conversa, solicitar um depósito bancário a título de “taxa de administração”. Às vezes, também justifica o dinheiro “adiantado” como garantia para o empréstimo.

Em poucos dias, o estelionatário muda de número de telefone e quem fez o depósito de boa fé nunca mais consegue contato. E o pior, não tem a quem reclamar, a não ser à polícia, que tem dificuldades para resolver esse tipo de caso pela grande movimentação das quadrilhas especializadas.

De acordo com o Procon-SP, jamais se deve fazer um empréstimo pessoal por telefone, sem que seja firmado um contrato, sob o risco de perder dinheiro.

A recomendação é a de que se for realmente necessária a realização de um empréstimo, que se procure uma financeira ou um banco devidamente autorizado a esse tipo de transação.

Na mesma semana em que o governo federal anunciou empréstimos a 2% ao mês para valores entre R$ 200 e R$ 600, esse mesmo tipo de crédito era oferecido pelos “anúncios de poste” em valores que variaram de 10,7 a 11,5%, segundo apurou a reportagem.

Mesmo que a opção seja por uma financeira tradicional, também é necessária muita atenção. Somente neste ano, de janeiro a abril, o Procon-SP foi consultado em 2.728 casos, sendo que desses, foram efetuadas 325 reclamações.

As reclamações mais comuns são as de cobrança indevida, consumidor negativado indevidamente, cálculo de prestação em atraso, entre outros.

Vagner Magalhães