A reforma na praça Getúlio Vargas na região central de Guarulhos, vem causando transtornos entre os comerciantes locais e os taxistas. Tudo porque a prefeitura transferiu os cerca de 40 motoristas para área da zona azul, que fica ao lado da praça, prejudicando o movimento do comércio.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE), Decio Pompêo Junior e o vice-presidente da entidade, Wilson José Lourenço Junior, estiveram no local para verificar de perto o problema, juntamente com um técnico da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito.
Segundo o comerciante Rodrigo Allan Salgueiro, proprietário de uma ótica, após o remanejamento dos taxistas para o estacionamento da zona azul, o movimento do comércio caiu. Rodrigo afirmou que quase chegou as “vias de fato” com um taxista, que para assegurar as vagas, vem colocando uma fita no local.
A comerciante Karina Manfredi, proprietária de uma loja de bijuteria, confirmou a falta de entendimento com os taxistas. Ela propôs a ida de parte dos carros para a rua Gabriel Machado.
“A via não tem comércio e acomodaria bem os taxistas”, falou.
O taxista Rubens Corrêa, há mais de 15 anos trabalhando no local, concorda que os comerciantes foram prejudicados com a mudança do ponto. Segundo Rubens, quem tem que resolver a situação é a prefeitura. A solução para o taxista estaria em proibir a passagem de pedestres ao lado da praça e permitir a permanência dos motoristas no local.
“Não sou a favor que nos coloquem na rua Gabriel Machado. Estamos ao lado da praça há mais de 40 anos. Realmente o comércio está sendo prejudicado, mas o problema tem que ser resolvido para todos os lados”, disse.
O presidente da ACE-Guarulhos, Decio Pompêo Junior, falou que tanto comerciantes como taxistas não podem ser prejudicados e que a prefeitura tem de se sensibilizar com o caso.
“Os dois lados ofereceram boas opções para solucionar o problema. Falta agora a boa vontade da prefeitura para resolver a situação. Do jeito que está não dá para ficar, ainda mais porque a obra na praça ainda deve durar mais uns 60 dias”, disse.
A Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito irá estudar a melhor opção a ser implantada no local. O vice-presidente de serviços da ACE, Wilson José Lourenço Junior, prometeu acompanhar o caso junto à administração.
“Vou acompanhar o caso pessoalmente até que seja dada uma solução”, declarou.