O real também pode ser falso
Entre janeiro e agosto deste ano foram apreendidas, em todo o País, 251,3 mil notas falsas. O montante em valor corresponde aR$ 12.385.845,00. O Estado de São Paulo é o principal destino das cédulas falsificadas. No período, foram apreendidas 84 mil notas em território paulista, que somaram R$ 4.202.002,00.
De acordo com o Banco Central, a maior parcela das falsificações são de baixa qualidade, podendo ser facilmente identificadas por meio de procedimentos simples, como observando a existência de marca dágua e identificações características que aparecem colocando a cédula contra a luz (veja quadro ao lado).
Essa dicas podem ser encontradas em um cartaz explicativo encontrado no site do Diário do Comércio (www.dcomercio.com.br). O cartaz com as dicas sobre como identificar as falsificações foi elaborado pelo Banco Central. Ele faz parte de uma campanha permanente do banco que visa a prevenção da fraude. A simples observação da nota pode evitar grandes prejuízos.
O banco informa, por exemplo, que 60% das notas apreendidas não possuíam sequer a marca d'água. Vale lembrar que é um direito de todo cidadão recusar receber uma nota que ele suspeita ser falsa. Mas recomenda-se cautela no trato com o dono da cédula. Causar o constrangimento público do portador da nota pode acarretar processo por danos morais.
Quando uma suspeita de falsificação é identificada em uma transação cotidiana, como, por exemplo, em uma compra no comércio, o Banco Central recomenda orientar o dono do dinheiro sob suspeita a buscar uma agência bancária , ou uma repartição do próprio Banco Central, para solicitar o exame da nota. Caso a cédula suspeita seja procedente de um terminal de auto-atendimento ou de caixa eletrônico, aconselha-se a retirada de um extrato que comprove o saque e informe o ocorrido à gerência do banco, caso o terminal ou caixa encontre-se dentro de uma agência. Em seguida, procurepor uma repartição policial, seja Civil ou Federal, para registrar uma possível ocorrência.
É importante observar que o Banco Central não troca a nota falsa por uma legítima. Mas quando a cédula fraudada é retirada de uma caixa ou de um terminal, a instituição financeira responsável pelos equipamentos deve depositar o valor em questão na conta do correntista. As apreensões de janeiro a agosto desse ano mostraram que os principais alvos dos falsificadores foram as notas de R$ 50 (147.480 notas apreendidas) e as de R$ 100 (42.167). De acordo com levantamento feito pela polícia federal, há aproximadamente 40 grupos em atividades no Brasil especializados na falsificação de cédulas.
