ACE-Guarulhos

O que analisar antes de definir o tipo de negócio

Abrir o próprio negócio requer uma série de decisões por parte do empreendedor. Uma delas é a escolha entre montar uma franquia ou uma empresa independente. Segundo especialistas, a melhor forma de tomar essa atitude é avaliar bem cada tipo de atividade e descobrir qual o perfil adequado ao que se procura.

Para o consultor de Marketing do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) José Carmo de Oliveira, a liberdade é o principal quesito a ser avaliado. “No caso de um negócio independente, você só deve satisfação ao cliente, tem total liberdade sobre a empresa. Já na franquia, o contrato impõe algumas limitações.” Ao mesmo tempo, ele lembra que, no caso da franquia, o empreendedor compra uma fórmula já testada e aprovada pelo consumidor.

O consultor de franchising Marcelo Cherto compara o dono de uma franquia com o proprietário de um apartamento. “Não há espaço para rebeldia. Mesmo o dono do apartamento tem de respeitar as regras do condomínio. Assim é uma franquia”, afirma.

Segundo ele, o que deve pesar na decisão é como o empresário pretende agir em relação aos negócios. “Uma franquia tem mais chances de sucesso, segundo as estatísticas, mas o empresário tem de estar disposto a aceitar as limitações. Em contrapartida, ele tem a vantagem de não precisar ter experiência no ramo, já que terá todo o suporte da franqueadora, além de outros benefícios, como preços melhores por se tratar de uma rede”, diz.

Mortalidade – De acordo com o diretor de Marketing da Associação Brasileira de Franchising (ABF), André Friedheim, o índice de mortalidade das franquias em cinco anos é de 10%, contra 70% das empresas independentes. “Uma das melhores maneiras de o empreendedor avaliar uma franquia é procurar os franqueados da rede. Essa conversa dá uma noção de quem já está com o negócio montado”, diz.

Para ele, a legislação inibiu muito a ação de aproveitadores, mas eles ainda existem. “Os amadores acabaram, mas ainda há quem queira tirar proveito da situação, que não tem estrutura para vender franquias, mas convence com uma boa lábia.”

Gabriela Gemignani

Sair da versão mobile