ACE-Guarulhos

Novo ano, pauta velha no mercado.

Confirmando a expectativa dos analistas no fim de 2011, o ano no mercado financeiro brasileiro começou com uma certa volatilidade, em especial na bolsa de valores. A primeira semana terminou com saldo positivo para o Ibovespa, mas o índice chegou a cair com um certo desconforto dos investidores com a falta de uma solução para a crise.

Nos cinco primeiros pregões de 2012, o indicador acumulou alta de 3,25%. O Ibovespa chegou a ultrapassar o patamar de 59 mil pontos, mas fechou a sexta-feira com 58.600 pontos, em leve alta de 0,09%.

Em resumo, os mercados, no Brasil e no exterior, têm vivido das notícias pontuais de cada dia: se são todas positivas, as bolsas sobem, se há divergências entre os dados, as ações ou perdem valor ou ficam na mesma. Na sexta-feira, por exemplo, a continuidade das preocupações com a Europa (principalmente com o alto nível de juros pagos pelos governos para rolar suas dívidas) acabou ofuscando os efeitos positivos do bom desempenho do mercado de trabalho norte-americano no mês de dezembro.

De qualquer maneira, o dado animou os mercados no último dia da semana passada. A criação de 200 mil vagas nos Estados Unidos em dezembro superou as previsões dos analistas. Além disso, a taxa de desemprego caiu para 8,5% em dezembro, ante previsão de 8,7% – trata-se do menor nível desde fevereiro de 2009. Esses dados podem representar indícios de recuperação da economia do país – e retomada da atividade norte-americana é sempre uma boa notícia para os mercados.

Na ponta oposta, entretanto, a Europa impediu uma valorização maior do Ibovespa. Na sexta-feira, a agência de classificação de riscos Fitch rebaixou os ratings de longo prazo em moedas local e estrangeira da Hungria, para BB+ (grau especulativo), de BBB- e BBB, respectivamente, citando a deterioração no cenário fiscal e de financiamento externo e da perspectiva de crescimento do país. Os problemas da Hungria já começaram a contaminar a Áustria, onde o retorno ao investidor dos bônus do governo subiram, acompanhando o comportamento dos retornos dos bônus dos governos da Espanha e da Itália. São novos personagens para os investidores acompanharem.

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