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Nemo recria mundo submarino de maneira espetacular

Guarulhos, 04 de julho de 2003

ArteDos mesmos criadores de Toy Story e Monstros S.A., chega às telas brasileiras neste final de semana, Procurando Nemo, animação que marca mais uma bem-sucedida parceria entre a Disney e o estúdio de animação Pixar. Por sinal, mais do que bem-sucedida. O filme teve a melhor bilheteria de estréia para um desenho animado em todos os tempos, US$ 70,6 milhões nas telas dos Estados Unidos num único fim de semana, superando o recorde de Monstros S.A., que fez US$ 62,5 milhões. Mais: em duas semanas de exibição, Procurando Nemo chegou a US$ 254 milhões de bilheteria, praticamente o total acumulado por Monstros, que foi de US$ 255 milhões em 2001.

O Nemo do título é um jovem peixe-palhaço com uma nadadeira menor do que a outra que desaparece no primeiro dia de escola após desobedecer seu pai e tentar realizar um ato de coragem. Ele se afasta do recife de corais onde mora e nada para inspecionar o casco de um barco quando é capturado por mergulhadores. Seu abnegado pai parte então numa jornada cheias de perigos na tentativa de salvá-lo. Em sua busca, conta com a ajuda de Dory, uma peixinha atrapalhada que sofre de um caso grave de perda de memória recente, o que termina por causar muitas confusões.

Enquanto Marlin e Dory procuram Nemo, o peixinho vai parar no aquário de um consultório dentário em Sidney, Austrália. Ali ele se junta a um grupo formado por outros peixes, uma estrela-do-mar e um camarão. Juntos eles traçam um plano de fuga para deixar o aquário antes que Nemo caia nas mãos de Darla, a maquiavélica sobrinha do dentista que adora torturar peixinhos.

Procurando Nemo é uma deliciosa fábula sobre um pai e um filho que têm de aprender a confiar e respeitar um ao outro. Mais do que um roteiro muito bem-amarrado, a ambientação do mundo subaquático, sua belezas e seus habitantes é outro ponto forte da produção. O fundo do mar aqui fica longe do aspecto fantasioso que costumamos ver em animações como A Pequena Sereia, por exemplo. Além disso, o filme ensina uma porção de coisas sobre a vida marinha.

Numa das melhores e mais divertidas seqüências de Procurando Nemo, Marlin e Dory encontram os tubarões Bruce, Anchor e Chum. Os três fazem parte de um programa de auto-ajuda para mudar a imagem de predadores sanguinários. “Peixes são amigos, não comida”, é o lema que eles repetem e tentam levar a sério quando se sentem tentados a devorar algum peixinho. É claro que eles nem sempre conseguem.

Roberto Guerra